O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, encaminhou nesta segunda-feira (11) ao Congresso dos EUA a proposta orçamentária para o ano fiscal de 2025. Diferentemente do ano passado, o texto não inclui ajuda financeira à Ucrânia, que tem sofrido resistência dos parlamentares republicanos.
Sputnik
Apresentado em outubro do ano passado, o projeto de lei complementar de segurança que traz US$ 60 bilhões (R$ 298,5 bilhões) em financiamento adicional ao regime de Vladimir Zelensky ainda não foi votado na Câmara dos Representantes. Isso por conta da pressão dos parlamentares opositores ao presidente Biden de apenas aprovar o texto caso sejam ampliados os gastos do país na fronteira com o México, diante do aumento da imigração ilegal.
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"Sem uma ação do Congresso sobre este pedido de emergência, os EUA não poderiam fornecer o apoio necessário à Ucrânia, fornecer o apoio militar urgentemente necessário aos aliados e parceiros, fazer investimentos críticos ou manter a assistência e o desenvolvimento que salvam vidas em áreas vulneráveis do mundo", afirma um documento divulgado pela Casa Branca.
O primeiro-ministro da Ucrânia, Denis Shmygal, disse no final de fevereiro que Kiev esperava receber de Washington pelo menos US$ 11,8 bilhões (R$ 58,7 bilhões) neste ano em ajuda.
Projeto parado no Congresso
A Câmara dos Representantes dos EUA, de maioria republicana, bloqueou a aprovação de um projeto de lei de financiamento suplementar de US$ 95 bilhões (R$ 472 bilhões) na área de segurança, a maior parte para a Ucrânia.
Em seu quarto discurso sobre o Estado da União, na semana passada, Biden afirmou que a Rússia poderia derrotar a Ucrânia nos próximos meses se o Congresso não aprovasse o pacote orçamentário.
Os republicanos exigem da administração Biden medidas mais enérgicas para conter a imigração ilegal na fronteira sul, por isso bloqueiam os fundos destinados a aliados como Ucrânia e Israel.