O ex-oficial de inteligência do Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA, Scott Ritter, em entrevista à Sputnik, falou sobre a violenta ofensiva de retaliação de Washington no Iraque e na Síria no final de semana, que matou cerca de 40 pessoas.
Sputnik
O ex-inspetor de armas das Nações Unidas disse que os ataques vingativos dos EUA não impediriam ataques às tropas norte-americanas na região provocados pela indignação com o apoio americano a Israel.
"Nossa iniciação de choque e temor – acho que 80, 85 alvos, mais de 220 munições, US$ 500 milhões [R$ 2,48 bilhões] nos custou atacar esses alvos – imediatamente várias das milícias na área lançaram drones e foguetes contra bases americanas, e isso está em andamento", observou ele. "Não só isso, quero dizer, veja, o presidente [Joe] Biden admitiu que os ataques contra os houthis não os dissuadiram, eles continuam fazendo o que fazem [bloqueio de navios no mar Vermelho]."
"Sabe, isso é apenas a insanidade do ciclo de violência em que os EUA se envolveram", ponderou Ritter, acrescentando que "é irracional. É automático. Não conhecemos nenhum outro processo. Nós nunca paramos e dissemos: 'o que estamos realmente tentando alcançar aqui?'".
O ex-oficial afirmou que os ataques retaliatórios só pioraram ainda mais a reputação dos EUA no Oriente Médio e em todo o mundo, que já está em queda livre à medida que uma ordem mundial multipolar emerge liderada por países como a Rússia e a China.
"Sabe, isso é apenas a insanidade do ciclo de violência em que os EUA se envolveram", ponderou Ritter, acrescentando que "é irracional. É automático. Não conhecemos nenhum outro processo. Nós nunca paramos e dissemos: 'o que estamos realmente tentando alcançar aqui?'".
O ex-oficial afirmou que os ataques retaliatórios só pioraram ainda mais a reputação dos EUA no Oriente Médio e em todo o mundo, que já está em queda livre à medida que uma ordem mundial multipolar emerge liderada por países como a Rússia e a China.
Os EUA têm afirmado repetidamente que a presença ilegal e encoberta de tropas norte-americanas na Síria é justificada pelos esforços para derrotar o grupo terrorista Daesh (organização terrorista proibida na Rússia e em vários outros países). Mas os EUA fortaleceram combatentes ligados ao Daesh através de seus esforços para derrubar o presidente sírio Bashar al-Assad. Além disso, o aliado mais próximo de Washington admitiu ter fornecido armas a militantes sírios ligados ao Daesh para ajudar na sua luta contra Assad, que é considerado um inimigo de Israel na região.
"Somos uma organização terrorista e estamos patrocinando ataques contra o governo legítimo da Síria", lamentou Ritter. "Essa é a missão. E gostaria que todos os americanos reconhecessem isso e entendessem que não há legitimidade aqui. Na verdade, é a missão mais ilegítima que se pode imaginar. E deveria repugnar todos os americanos que somos literalmente patrocinadores estatais do terrorismo", concluiu ele.