O presidente da Bolívia, Luis Arce, expressou ontem (20) solidariedade com seu homólogo brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, depois que este foi declarado “persona non grata” por Israel devido a sua defesa do povo palestino.
Monitor do Oriente Médio
“Do Estado Plurinacional da Bolívia, expressamos toda a nossa solidariedade e apoio ao nosso irmão presidente do Brasil, Lula, declarado ‘persona non grata’ em Israel por falar a verdade sobre o genocídio cometido contra o corajoso povo palestino”, escreveu Arce em suas redes sociais.
Presidente da Bolívia, Luis Alberto Arce, discursa na 78ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro de 2023 [ONU/Reprodução] |
O chefe de Estado brasileiro lamentou publicamente o massacre na Faixa de Gaza, na Palestina, pelas tropas sionistas israelenses, que já mataram quase 30 mil pessoas e feriram cerca de 70 mil, incluindo dezenas de milhares de crianças, mulheres e idosos. O que está acontecendo em Gaza com o povo palestino”, denunciou o líder brasileiro, “não tem precedentes na história. De fato, isso aconteceu quando Hitler decidiu matar judeus.
Arce afirmou nesta terça-feira em sua conta X (antigo Twitter) que “a história não perdoará aqueles que são indiferentes a essa barbárie”.
Esse ponto de vista é consistente com o que o dignitário boliviano expressou em seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU) em 19 de setembro de 2023, quando exigiu que o mundo parasse com o ultraje exercido pelo governo israelense contra a Palestina.
Nesse sentido, ele reafirmou o apoio da Bolívia às iniciativas globais e regionais, ao direito internacional e às resoluções da ONU que buscam garantir uma solução que permita ao povo palestino exercer seu direito à autodeterminação e construir seu próprio Estado livre, independente e soberano.
Mais recentemente, em 31 de outubro, o governo boliviano anunciou oficialmente o rompimento das relações diplomáticas com Israel por causa dos crimes contra a humanidade cometidos contra o povo palestino na Faixa de Gaza.