Para a investigação, fala de Heleno sobre infiltrados em campanhas demonstra conivência com ala golpista na agência.
Por Andréia Sadi | g1
A fala do general Augusto Heleno na reunião ministerial de 5 de julho sobre infiltrados na Abin reforça a investigação da Abin Paralela que apura se agência, entre outras ilegalidades, espionou adversários de Jair Bolsonaro durante o período em que o ex-presidente esteve no comando do País.
General Heleno e o ex-presidente Jair Bolsonaro, em imagem de arquivo — Foto: Divulgação/Carolina Antunes/PR |
Para os investigadores, a fala do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) demonstra que ele seria destinatário de informações enviesadas e ilegais produzidas pela Abin, sendo conivente e apoiando atuações clandestinas.
Heleno terá de explicar à PF sua fala e outros pontos que podem esclarecer a investigação da Abin Paralela em breve, quando for interrogado. Dentro da investigação, será objeto de apuração se agentes da Abin estavam infiltrados em campanhas, inclusive o uso de verbas em áreas de milícia.