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08 fevereiro 2024

PF usou delação de Mauro Cid em operação que mira Bolsonaro

A Polícia Federal apontaque a delação não foi prioritária na operação, mas foi importante e que foram usados elementos de outras investigações para chegar ao cenário atual.


Por Andréia Sadi e Fábio Santos | g1

A delação premiada feita por Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, foi usada na operação da Polícia Federal desta quinta-feira (8) contra militares e ex-ministros do governo Bolsonaro por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado.

Tenente-coronel Mauro Cid depõe à Câmara Legislativa do Distrito Federal — Foto: TV Câmara Distrital/Reprodução

Segundo a PF, informações reveladas pelo acordo de delação de Cid foram confirmadas com outras provas no sentido de que houve reuniões com o ex-presidente para tratar do golpe.

A Polícia Federal aponta ainda que a delação não foi prioritária na operação, mas foi importante e foram usados elementos de outras investigações para chegar ao cenário atual da investigação que foca na tentativa de golpe após a eleição de 2022.

Ao todo, a PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão preventiva. Há ainda medidas cautelares, como proibição de contatos entre os investigados, retenção de passaportes e destituição de cargos públicos.

Os mandados foram autorizados pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Segundo a PF, há mandados sendo cumpridos em Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Distrito Federal.

A operação foi chamada pela Polícia Federal de "Tempus Veritatis" – "hora da verdade", em latim.

Informações falsas e tentativa de golpe


De acordo com a PF, os investigados divulgaram informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro para tentar legitimar uma intervenção militar. O grupo se dividiu em dividiu em dois eixos:
  • O primeiro era voltado a construir e propagar informações falsas sobre uma suposta fraude nas urnas, apontando "falaciosa vulnerabilidade do sistema eletrônico de votação", que continuou mesmo após o resultado da eleição, segundo a PF.
  • O segundo eixo, por sua vez, praticava atos para subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito – ou seja, para concretizar o golpe. Essa etapa, de acordo com as investigações, tinha o apoio de militares ligados a táticas e forças especiais - os chamados kids preto.

De acordo com as investigações, se confirmadas, as condutas do grupo podem ser enquadradas em crimes como:
  • organização criminosa
  • abolição violenta do Estado Democrático de Direito
  • golpe de Estado

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