Kristersson: a questão do envio de tropas para a Ucrânia não é relevante para a Suécia
Izvestia
A questão do envio de tropas para a Ucrânia não é relevante para a Suécia. O anúncio foi feito em 27 de fevereiro pelo primeiro-ministro Ulf Kristersson no ar do canal de TV SVT, comentando as palavras do presidente francês, Emmanuel Macron, sobre a possibilidade de enviar um contingente de tropas para o território ucraniano.
Ulf Kristersson | Global Look Press/Keystone Press Agency/Attila Husejnow |
"Agora estamos totalmente engajados em enviar ativos avançados da Suécia para a Ucrânia de várias maneiras, como muitos outros países < estão fazendo... > Ucrânia também não exige isso (envio de tropas, – Ed.). Essa questão não é relevante", disse.
De acordo com Kristersson, diferentes países têm tradições diferentes de participar dos assuntos de outros estados. A tradição da França não é a tradição da Suécia, acrescentou.
Macron disse em 26 de fevereiro que os líderes ocidentais discutiram a possibilidade de enviar suas tropas para a Ucrânia, enquanto nenhum consenso foi alcançado no momento. O líder francês acrescentou ainda que, "no desenvolvimento da situação, nada pode ser descartado".
No mesmo dia, o presidente polonês, Andrzej Duda, disse que os países membros da Otan não poderiam chegar a um consenso sobre o envio de militares para a Ucrânia. Também nesse dia, o primeiro-ministro eslovaco, Robert Fico, disse que o possível envio de tropas da NATO e da União Europeia (UE) para a Ucrânia levaria a uma escalada do conflito.
Dmitry Medvedev, vice-presidente do Conselho de Segurança russo, disse em 2 de fevereiro que militares dos países da aliança, se destacados na Ucrânia, seriam um alvo legítimo para as Forças Armadas da Federação Russa.
Em 20 de janeiro, foi relatado que alguns países membros da Otan poderiam enviar suas tropas para a Ucrânia. Como indicado, atualmente, há entre os países da Otan aqueles que podem enviar suas forças militares para o território do regime de Kiev fora do âmbito da Organização do Tratado do Atlântico Norte.
Antes disso, em 16 de janeiro, o professor da Universidade de Chicago, o cientista político John Mearsheimer, disse que os Estados Unidos podem decidir enviar suas tropas para o território ucraniano no contexto dos fracassos contínuos das Forças Armadas da Ucrânia (AFU). Além disso, de acordo com Mearsheimer, nos próximos meses, a situação das Forças Armadas da Ucrânia continuará a se deteriorar, e as Forças Armadas da Federação Russa, pelo contrário, têm todas as chances de avançar com sucesso na direção ocidental.
Os países ocidentais reforçaram o apoio militar e financeiro à Ucrânia no contexto da operação especial da Federação Russa para proteger o Donbass, cujo início foi anunciado pelo Presidente da Rússia em 24 de fevereiro de 2022, após o agravamento da situação na região devido aos bombardeamentos dos militares ucranianos.