"Em vez de nos dar o seu apoio total, Biden está ocupado fornecendo ajuda humanitária e combustível (para Gaza), que vai para o Hamas”, disse o ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir
Lauren Izso | CNN
Tel Aviv - O presidente dos EUA, Joe Biden, não apoia totalmente os objetivos de Israel na guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza.
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| Presidente dos EUA, Joe Biden 30/01/2024REUTERS/Evelyn Hockstein |
A crítica foi feita pelo ministro da Segurança Nacional de Israel, Itamar Ben Gvir, em entrevista ao Wall Street Journal.
“Em vez de nos dar o seu apoio total, Biden está ocupado fornecendo ajuda humanitária e combustível (para Gaza), que vai para o Hamas”, disse o ministro de extrema-direita.
“Se Trump estivesse no poder, a conduta dos EUA seria completamente diferente”, acrescentou Ben Gvir, chefe do partido nacionalista Poder Judaico.
Em contraponto, Benny Gantz, ex-ministro da Defesa e membro do gabinete de guerra de Israel, respondeu a Ben Gvir, chamando os seus comentários de “irresponsáveis”.
Em uma publicação no X (antigo Twitter), Gantz incentivou Netanyahu a adverti-lo.
“É permitido ter disputas, mesmo com o nosso maior e mais importante aliado (os Estados Unidos), mas elas devem ser conduzidas nos fóruns relevantes e não em declarações irresponsáveis na mídia, o que prejudica as relações estratégicas do Estado de Israel, a segurança do Estado e o esforço de guerra neste momento”, disse ele.
O chefe da oposição, Yair Lapid, também criticou os comentários de Ben Gvir no X, dizendo que a entrevista foi “um ataque direto à posição internacional de Israel, um ataque direto ao esforço de guerra, prejudicial à segurança de Israel e, acima de tudo, prova que ele não entende nada sobre política externa”.
Netanyahu está sob pressão de todos os lados, à medida que as disputas na sua coligação e no gabinete de guerra ameaçam levar o governo a um ponto de ruptura, e grandes protestos em todo o país exigem que ele renuncie e faça novas eleições.
