São 16 militares das Forças Armadas na mira da Polícia Federal, incluindo membros da ativa. A decisão também ordena que os investigados não mantenham contato entre si.
Por César Tralli | TV Globo e GloboNews
Todos os militares que foram alvos da Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta-feira (8) pela Polícia Federal deverão entregar seus passaportes e não poderão sair do país ou manter contato com os demais investigados.
Bernardo Romão Corrêa Netto, alvo de operação contra Bolsonaro e aliados — Foto: Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre/Facebook |
Um dos alvos de mandado de prisão preventiva é o coronel Bernardo Romão Corrêa Netto, que está fora do país. Ele foi mandado aos EUA no dia 30 de dezembro de 2022 e, por conta disso, a Polícia Federal comunicou o comando do Exército para que ele se apresente ao Brasil. Tecnicamente, ele é considerado foragido.
De acordo com as investigações, Correa Neto é suspeito de ter empregado técnicas de militares com formação em Forças Especiais para direcionarem as manifestações nas portas dos quartéis e nos atos voltados às invasões no 8 de janeiro 2023.
Na mira da PF estão 16 militares das Forças Armadas que, segundo as investigações, teriam participado da elaboração de um golpe de Estado para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.
Foram presos nesta quinta o major Martins de Oliveira, comandante do batalhão de Niterói (RJ), levado para a custódia do Exército no Rio de Janeiro, e o coronel da reserva Marcelo Costa Câmara, que ficará em Brasília sob custódia do Exército.