Ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, Mauro Cid foi alvo da Polícia Federal nesta quinta-feira (8/9); PF também mira Bolsonaro
Bruna Lima | Metrópoles
O major Mauro Cid deu R$ 100 mil para manifestantes irem a Brasília, no dia 15 de novembro de 2022, para manifestarem contra o resultado da eleição presidencial, na qual Lula saiu vitorioso, e apoiarem uma tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder.
Mauro Cid | Vinícius Schmidt/Metrópoles |
O valor foi transferido para o major do Exército Rafael Martins de Oliveira, apontado pela Polícia Federal como um interlocutor de Mauro Cid na articulação da tentativa de golpe. O militar participou de diversas reuniões com o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e outros militares.
Em 14 de novembro de 2022, Oliveira pediu “recursos financeiros” para Mauro Cid para a manifestação do feriado da Proclamação da República em Brasília. Cid, então, pergunta se R$ 100 mil daria para custear hotel, alimentação e material para o protesto. Oliveira diz que sim e recebe a transferência.
O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro pede para que o militar use o dinheiro para levar pessoas do Rio de Janeiro para as manifestações em Brasília a favor do golpe.
“No dia 15.11 .2022 (dia das manifestações), Rafael encaminha documento protegido com senha intitulado “Copa 2022” e informa que está “com as necessidades iniciais”. Justifica o envio do documento no WhatsApp pois o aplicativo UNI não estaria funcionando e orienta Mauro Cid a apagar posteriormente, com o objetivo de suprimir as provas dos ilícitos praticados”.
Mauro Cid apontou para Oliveira que os alvos da manifestação seriam o Supremo Tribunal Federal e o Congresso Nacional e garantiu que militares iriam “proteger” os manifestantes.