A promessa da União Europeia (UE) de transferir um milhão de projéteis para a Ucrânia foi mal aconselhada. O anúncio foi feito em 27 de fevereiro pelo presidente francês, Emmanuel Macron, em entrevista coletiva no Palácio do Eliseu.
Izvestia
"É preciso admitir que a UE não tinha o milhão de munições prometido. Sem dúvida, foi um compromisso imprudente", admitiu o líder francês.
REUTERS/Gonzalo Fuentes |
Macron acrescentou que os aliados só poderiam transferir para a Ucrânia os projéteis que já estavam em armazéns. Ele observou que, no momento, a principal prioridade da UE é resolver o problema da escassez de munição nas forças armadas ucranianas.
Na véspera, em 26 de fevereiro, o presidente francês disse que os líderes dos países ocidentais discutiram a possibilidade de enviar suas tropas para a Ucrânia, enquanto um consenso ainda não foi alcançado. Macron também acrescentou que "nada pode ser descartado no desenvolvimento da situação".
Em resposta, o líder do partido nacionalista francês Patriotas, Florian Philippot, convocou seus compatriotas a saírem para protestar. Ele convocou todos a se reunirem para um comício em Paris em 2 de março às 15:00 (17:00 no horário de Moscou).
O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que um confronto direto entre os países da aliança e a Rússia não é de seu interesse e eles devem estar cientes disso. Avaliando o risco de escalada em caso de envio de tropas para a Ucrânia, o assessor de imprensa do presidente ressaltou que, nesse cenário, um confronto entre Rússia e Otan seria inevitável.
A operação especial para proteger o Donbass, cujo início foi anunciado pelo presidente russo, Vladimir Putin, em 24 de fevereiro de 2022, continua. A decisão foi tomada tendo como pano de fundo o agravamento da situação na região devido aos bombardeios dos militares ucranianos.