O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, disse nesta quinta-feira (22) que manterá uma reunião com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, já que o Brasil resolveu todas as questões relacionadas ao abastecimento do avião da delegação russa.
Sputnik
"Acontece que aqui no Brasil praticamente não existem empresas que abastecem aeronaves que não sejam de propriedade de corporações ocidentais. Mas quero destacar a atuação dos anfitriões brasileiros, que fizeram de tudo para resolver essa questão. Essa reunião [com o presidente Lula] acontecerá hoje", disse Lavrov aos jornalistas, ao comentar relatos de que o voo do ministro para uma reunião com Lula estava em questão devido à falta de garantias de combustível de um distribuidor local.
Lavrov disse ainda que não manteve nenhum contato com o secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, ou com o secretário de Relações Exteriores do Reino Unido, David Cameron, durante a reunião ministerial do G20 no Brasil.
"Não, eu não procurei esses contatos. Eles aparentemente seguiram o acordo de evitar a comunicação com a nossa delegação de todas as maneiras possíveis", disse Lavrov aos repórteres.
Ainda segundo o ministro, os Estados Unidos não fizeram quaisquer propostas sérias relativamente ao diálogo sobre estabilidade estratégica para a Rússia e Moscou está pronto para tais conversações com Washington.
"Não houve propostas sérias dos norte-americanos, houve uma abordagem que dizia: 'Bom, você interrompeu a operação do Tratado sobre a Redução de Armas Ofensivas Estratégicas, acreditamos que isso está errado, então vamos retomar as inspeções, queremos ir até você e ver como estão as coisas e em que condições as instalações estratégicas são mantidas', mas não funciona dessa forma", disse Lavrov aos jornalistas.
A Rússia continua pronta para conversações de estabilidade estratégica com os EUA, mas precisa de incluir todos os pontos sem exceções, acrescentou Lavrov.
"Não, eu não procurei esses contatos. Eles aparentemente seguiram o acordo de evitar a comunicação com a nossa delegação de todas as maneiras possíveis", disse Lavrov aos repórteres.
Ainda segundo o ministro, os Estados Unidos não fizeram quaisquer propostas sérias relativamente ao diálogo sobre estabilidade estratégica para a Rússia e Moscou está pronto para tais conversações com Washington.
"Não houve propostas sérias dos norte-americanos, houve uma abordagem que dizia: 'Bom, você interrompeu a operação do Tratado sobre a Redução de Armas Ofensivas Estratégicas, acreditamos que isso está errado, então vamos retomar as inspeções, queremos ir até você e ver como estão as coisas e em que condições as instalações estratégicas são mantidas', mas não funciona dessa forma", disse Lavrov aos jornalistas.
A Rússia continua pronta para conversações de estabilidade estratégica com os EUA, mas precisa de incluir todos os pontos sem exceções, acrescentou Lavrov.
Para além disso, o chanceler também comentou a reação do Ocidente à morte do político da oposição russo Aleksei Navalny.
"Essa histeria sobre a morte de Navalny mostrou decisivamente que, e nem quero comentar em detalhes, essas pessoas não têm o direito de interferir em nossos assuntos internos, especialmente porque eles mesmos têm seus próprios problemas com [o fundador do WikiLeaks] Julian Assange, com [o jornalista norte-americano] Gonzalo Lira, que morreu torturado em uma prisão ucraniana, e nem os norte-americanos nem qualquer outra figura ocidental comentou isso de forma alguma", disse Lavrov aos jornalistas.
No início do dia, o governo do Reino Unido anunciou que havia acrescentado seis membros do conselho de administração da Novatek (empresa russa de energia) à lista atualizada de sanções contra a Rússia. As novas sanções também visam fabricantes de munições, empresas de eletrônica, empresas no comércio de diamantes e petróleo, entre outras, segundo o comunicado. Provocado por jornalistas a responder ao comunicado emitido pelo governo britânico, o chanceler disse que o Kremlin deve responder com ações.
"Responderemos com ações. E com ações que dizem respeito ao desenvolvimento da nossa própria economia. Desenvolvimento e reforço dos laços com parceiros que, ao contrário da minoria ocidental, que continua a pensar em categorias coloniais e neocoloniais, são capazes de chegar a acordos", declarou o ministro.