Israel formalizou neste domingo sua oposição ao que chamou de “reconhecimento unilateral” do Estado palestino e disse que qualquer acordo desse tipo deve ser alcançado através de negociações diretas.
Ari Rabinovitch | Reuters
JERUSALÉM - O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu levou a “decisão declaratória” a votação no gabinete, que aprovou a medida por unanimidade, segundo um comunicado.
Netanyahu disse no início da reunião semanal que a medida surge depois de “conversas recentes na comunidade internacional sobre uma tentativa de impor unilateralmente a Israel um Estado palestino”.
A guerra em Gaza, iniciada após o ataque violento do Hamas em 7 de Outubro às comunidades de Israel, é o mais recente capítulo do conflito entre israelenses e palestinos, que dura há sete décadas e desestabiliza o Oriente Médio.
Os esforços para alcançar uma solução de dois Estados -- um Estado palestino na Cisjordânia e em Gaza, ao lado de Israel -- estão paralisados desde 2014.
A declaração formal israelense, de acordo com o gabinete de Netanyahu, reflete o fato de que "Israel rejeita abertamente os ditames internacionais relativos a um acordo permanente com os palestinos."
Segundo Israel, "um acordo, caso seja alcançado, só virá através de negociações diretas entre as partes, sem condições prévias."