O principal diplomata dos EUA envolvido em auxílio humanitário para Gaza disse nesta sexta-feira que forças israelenses mataram neste mês policiais palestinos que estavam protegendo um comboio de ajuda da ONU na cidade de Rafah, no sul do enclave.
Por Jonathan Landay | Reuters
WASHINGTON - Por isso, a polícia palestina tem se recusado a proteger os comboios, atrapalhando as entregas de auxílio dentro de Gaza por causa de ameaças de gangues criminosas, disse David Satterfield, enviado especial regional de Washington para questões humanitárias.
“Sem as escoltas policiais, está sendo virtualmente impossível para a ONU ou quem seja, Jordânia, Emirados Árabes Unidos, ou qualquer outro transportar assistência em Gaza com segurança por causa de elementos criminosos”, disse Satterfield em um evento sediado pelo Fundo Carnegie para a Paz Internacional, sediado em Washington.
Satterfield afirmou que as escoltas policiais incluem membros do Hamas, mas também policiais sem afiliação direta ao grupo militante.
O Exército de Israel não comentou suas declarações em um primeiro momento.
A maioria da população de 2,2 milhões de palestinos de Gaza foi deslocada pelas operações terrestres e aéreas de Israel, desencadeadas pelo massacre de 7 de outubro no sul de Israel por militantes do Hamas, que governam o enclave.
Reportagem adicional de Maayan Lubell em Jerusalém e Nidal al-Mughrabi no Cairo