Além dele, outro tenente-coronel foi retirado do comando pelo Exército
João Pedroso de Campos | Metrópoles
O comandante do Exército, general Tomás Paiva, oficializou nesta quarta-feira (14/2) a retirada de dois oficiais alvos da Operação Tempus Veritatis, que mirou o núcleo duro do golpismo bolsonarista, de posições de comando na Força.
Divulgação |
Uma portaria datada do último dia 8/2, dia da operação, foi publicada na edição de hoje do Diário Oficial, com a exoneração do tenente-coronel Guilherme Marques de Almeida do comando do 1º Batalhão de Operações Psicológicas do Exército, sediado em Goiânia, e do tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, que comandava a 3ª Companhia de Forças Especiais, em Manaus.
Os dois oficiais estavam com as funções públicas suspensas por ordem do ministro Alexandre de Moraes, relator das investigações contra os planos golpistas no Supremo Tribunal Federal.
Almeida, a propósito, foi o alvo da PF que, conforme noticiou o colunista Rodrigo Rangel, desmaiou ao receber os agentes que bateram à sua porta para cumprir mandados de busca assinados por Moraes.
Segundo as apurações da polícia, o tenente-coronel fazia parte do núcleo encarregado de espalhar fake news e atacar o sistema eleitoral brasileiro. A investigação encontrou mensagens trocadas entre Marques de Almeida e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, sobre as estratégias para questionar o processo eleitoral.
Já Hélio Ferreira Lima faria parte deste mesmo núcleo e também de outro, que conforme a PF atuou para planejar e executar medidas para manter as manifestações golpistas em frente a quarteis militares.