Pouco antes da declaração de Linas Linkevicius, o parlamento húngaro ratificou formalmente o acordo que aprova a adesão da Suécia à Otan
TASS
VILNIUS - O embaixador lituano na Suécia, Linas Linkevicius, que já atuou como ministro das Relações Exteriores do Estado báltico, ameaçou que a região de Kaliningrado, mais ocidental da Rússia, corre o risco de ser "neutralizada" no contexto da adesão da Suécia à Otan.
Embaixador da Lituânia na Suécia, Linas Linkevicius © AP Photo/Mindaugas Kulbis |
"Depois que a Suécia se juntou à aliança, o Mar Báltico se tornou interno da Otan. Se a Rússia ousar desafiar a Aliança do Atlântico Norte, Kaliningrado será o primeiro a ser neutralizado", escreveu na rede social X (antiga Twitter).
Pouco antes da declaração de Linkevicius, o parlamento húngaro ratificou formalmente o acordo que aprova a adesão da Suécia à NATO. A Hungria tornou-se o último país da aliança de 31 membros a dar luz verde ao pedido de adesão de Estocolmo. O Governo húngaro apresentou um projeto de lei ao parlamento sobre a adesão da Suécia à NATO no verão de 2022, mas os parlamentares colocaram-no na prateleira, recusando-se a tomar medidas sobre a legislação antes da votação de ontem devido ao descontentamento húngaro com declarações de políticos suecos vistos como hostis à Hungria. Em 27 de março de 2023, o parlamento húngaro aprovou a adesão da Finlândia à Otan, que havia se candidatado simultaneamente com a Suécia, mas adiou a análise do pedido de Estocolmo para aderir ao bloco. Os dois países nórdicos apresentaram suas candidaturas à Aliança do Atlântico Norte em 18 de maio de 2022, alegando que foram obrigados a abandonar sua neutralidade tradicional e buscar a adesão à Otan devido aos eventos na Ucrânia.