A ideia ostensiva de Londres de enviar tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) para a Ucrânia não tem nada a ver com a realidade, disseram especialistas à Sputnik.
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O Reino Unido instou os seus aliados da OTAN a considerarem o envio da força expedicionária da aliança para a Ucrânia, disse uma fonte à Sputnik. Segundo a fonte, a alegada medida ocorreu "em conexão com os desenvolvimentos desfavoráveis para Kiev no teatro ucraniano da operação militar especial".
A fonte acrescentou que o Reino Unido também apelou à OTAN para considerar a imposição de uma zona de exclusão aérea sobre o território controlado por Kiev de Zelensky e para aumentar a ajuda militar à Ucrânia.
''Os planos relatados pelo Reino Unido sobre o envio do corpo expedicionário da OTAN para a Ucrânia são "uma ilusão fantástica por parte dos britânicos e não têm fundamento na realidade", disse à Sputnik o oficial de inteligência aposentado da CIA e funcionário do Departamento de Estado, Larry Johnson.
"Mas só porque os britânicos são loucos não significa que a Rússia possa ignorá-los. É uma proposta séria", acrescentou o especialista.
''Os planos relatados pelo Reino Unido sobre o envio do corpo expedicionário da OTAN para a Ucrânia são "uma ilusão fantástica por parte dos britânicos e não têm fundamento na realidade", disse à Sputnik o oficial de inteligência aposentado da CIA e funcionário do Departamento de Estado, Larry Johnson.
"Mas só porque os britânicos são loucos não significa que a Rússia possa ignorá-los. É uma proposta séria", acrescentou o especialista.
Johnson foi parcialmente ecoado por Matthew Gordon-Banks, consultor de relações internacionais, antigo membro do Parlamento e investigador sênior reformado da Academia de Defesa do Reino Unido, que disse não achar que os rumores de uma força da OTAN na Ucrânia deveriam ser levados a sério.
"As sugestões que ouvi são bastante irrealistas neste momento", afirmou Gordon-Banks.
Solicitado a comentar sobre o "desenvolvimento desfavorável dos acontecimentos" para Kiev no campo de batalha, ele enfatizou que "as coisas estão desmoronando em Kiev muito rapidamente".
"[O presidente ucraniano Vladimir] Zelensky não foi capaz de demitir seu principal general, e acho que ele é agora um presidente 'pato manco'", argumentou Gordon-Banks, se referindo ao comandante das Forças Armadas da Ucrânia, Valery Zaluzhny.
O mesmo tom foi adotado por Earl Rasmussen, tenente-coronel reformado do Exército dos EUA que se tornou consultor de assuntos geopolíticos e militares, que alertou que se a informação sobre os planos de Londres for verdadeira, e "se este for o sonho de alguém, poderá rapidamente se tornar um pesadelo para os britânicos" e forças da OTAN.
"Mas não é uma solução ou proposta realista. A Rússia tem domínio aéreo completo, domínio crescente, domínio logístico, domínio de munições. Isto seria catastrófico para qualquer força do Reino Unido e definitivamente mostraria um símbolo de envolvimento direto da OTAN, o que poderia ser realmente perigoso, no que diz respeito à escalada", enfatizou Rasmussen, observando que "as forças britânicas provavelmente seriam exterminadas, com bastante rapidez".
O veterano do Exército dos EUA sugeriu que alguém nas Forças Armadas do Reino Unido poderia estar tendo "algum tipo de experiência delirante" por sugerir tal cenário. "É uma missão suicida para essas tropas. E definitivamente colocaria a OTAN em uma situação muito mais perigosa e em confronto direto [com a Rússia]", concluiu Rasmussen.