Nesta segunda-feira (19), Lula foi considerado "persona non grata" por Israel, até que haja uma "retratação” das declarações
Gabriela Prado | CNN
Brasília - O embaixador da Palestina no Brasil, Ibrahim Alzeben, saiu em defesa de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após as declarações do presidente brasileiro sobre as ações de Israel na Faixa de Gaza.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) 17/02/2024 - Reuters/Stringer |
Ele disse que, ao criticar Israel na guerra contra o Hamas, o petista “condenou a barbárie: tanto do Holocausto, quanto do genocídio [em Gaza]”.
“O senhor presidente condenou a barbárie: tanto o Holocausto quanto o genocídio. Qualquer outra interpretação contrária é absurda. Todo humano deve trabalhar e contribuir para por fim a genocídio e para que o Holocausto (não ocorra) nunca mais”, disse à CNN Ibrahim Alzeben.
Nesta segunda-feira (19), Lula foi considerado “persona non grata” por Israel, até que haja uma “retratação” das declarações dele relacionando o ditador nazista Adolf Hitler e a guerra na Faixa de Gaza.
Reação israelense
Nas redes sociais, integrantes do governo israelense reagiram à fala de Lula. O primeiro-ministro do país, Benjamin Netanyahu, disse que “as palavras do presidente do Brasil são vergonhosas e graves”, e que “trata-se de banalizar o Holocausto e de tentar prejudicar o povo judeu e o direito de Israel se defender”.
Ainda no domingo (18), Netanyahu disse que Lula deveria ter “vergonha de si mesmo”.
O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, também anunciou que vai repreender o embaixador brasileiro em Tel Aviv. A reunião estava marcada para ocorrer nesta segunda-feira, às 6h30 no horário de Brasília, no Museu do Holocausto.
*Com informações de Victor Aguiar, da CNN