Colonos ilegais destruíram nesta quinta-feira (1º) ao menos 450 oliveiras e amendoeiras na aldeia de Deir Sharaf, a oeste de Nablus, na Cisjordânia ocupada.
Monitor do Oriente Médio
O camponês palestino Ghazi Antri confirmou que colonos israelenses do assentamento ilegal de Shavei Shomron, nos arredores da aldeia, invadiram e arrancaram mudas cultivadas em seus pomares, que se estendem por dez dununs de terra (2,5 acres).
Palestino inspeciona árvores vandalizadas por colonos na aldeia de Marda, ao sul de Nablus, na Cisjordânia ocupada, em 30 de março de 2022 [Nasser Ishtayeh/LightRocket via Getty Images] |
Antri relatou à agência de notícias Wafa que, desde o início dos ataques a Gaza, havia plantado em suas terras cerca de 250 novas árvores, além das 200 existentes.
No entanto, colonos sob escolta militar aproveitaram a queda de temperatura nos últimos três dias para destruir sua plantação. Antri explicou ainda que esta é a quarta vez que colonos ilegais vandalizam suas terras nos últimos dois anos.
Estimativas indicam que 700 mil colonos israelenses vivem hoje em 164 assentamentos e 116 postos avançados nos territórios ocupados da Cisjordânia e de Jerusalém Oriental.
Segundo a lei internacional, todos os assentamentos exclusivamente judaicos nos territórios ocupados são considerados ilegais.
Tensões escalaram ainda mais na Cisjordânia desde que Israel lançou uma ofensiva militar contra Gaza em 7 de outubro, deixando 26 mil mortos e 65 mil feridos, além de dois milhões de desabrigados no território costeiro.
Na Cisjordânia, são 370 mortos e 4.400 feridos em 120 dias, além de seis mil detidos arbitrariamente, sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.