A China pediu ao Tribunal Internacional de Justiça (CIJ) nesta quinta-feira que dê seu parecer sobre a ocupação israelense dos Territórios Palestinos, que disse ser ilegal.
Bart Meijer | Reuters
AMSTERDÃ - "A justiça foi muito adiada, mas não deve ser negada", disse o conselheiro jurídico do Ministério das Relações Exteriores da China, Ma Xinmin, ao tribunal de Haia, na Holanda.
"Cinquenta e sete anos se passaram desde que Israel começou a ocupação dos OPT (Territórios Palestinos Ocupados). A natureza ilícita da ocupação e a soberania sobre os territórios ocupados permanecem inalteradas", disse.
O principal tribunal da ONU, também conhecido como Tribunal Mundial, está ouvindo nesta semana argumentos de mais de 50 Estados após um pedido da Assembleia Geral da ONU em 2022 para emitir um parecer não vinculativo sobre as consequências legais da ocupação israelense.
O principal tribunal da ONU, também conhecido como Tribunal Mundial, está ouvindo nesta semana argumentos de mais de 50 Estados após um pedido da Assembleia Geral da ONU em 2022 para emitir um parecer não vinculativo sobre as consequências legais da ocupação israelense.
As audiências fazem parte de um esforço palestino para que instituições jurídicas internacionais examinem a conduta de Israel, que se tornou mais urgente desde os ataques de 7 de outubro do Hamas em Israel, que mataram 1.200 pessoas, e a resposta militar de Israel, que já matou cerca de 29.000 palestinos.
Israel, que não participa das audiências, disse em comentários escritos que o envolvimento do tribunal pode ser prejudicial para alcançar um acordo negociado.
Na segunda-feira, representantes palestinos pediram aos juízes que declarassem ilegal a ocupação israelense de seu território e disseram que sua opinião poderia ajudar a chegar a uma solução de dois Estados.
Os juízes devem levar cerca de seis meses para emitir um parecer sobre o pedido.