Lula e Blinken conversaram sobre diversos temas e, na saída, o americano disse que os dois países vão 'trabalhar juntos'
Por Eliane Oliveira | O Globo — Brasília
Em reunião em Brasília, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o secretário de Estado americano, Antony Blinken, defenderam, nesta quarta-feira, a criação de um Estado palestino. A informação foi divulgada após o encontro no Palácio do Planalto.
Segundo o comunicado, Lula reafirmou seu desejo pela paz e fim dos conflitos na Ucrânia e na Faixa de Gaza. E "ambos concordaram com a necessidade de criação de um Estado Palestino".
Depois desse comunicado, o porta-voz do do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, disse em entrevista em Washington que Blinken expressou a Lula sua discordância em relação à comparação feita pelo brasileiro entre a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e o Holocausto — o extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial. .
— O secretário teve a oportunidade de discutir os comentários com o presidente Lula hoje, no sua reunião, no contexto da discussão ampla sobre o conflito em Gaza. E deixou claro, como eu fiz ontem (terça-feira), que são comentários com os quais não concordamos — disse Miller.
Na véspera, o porta-voz havia afirmado a posição da Casa Branca.
O Palácio do Planalto, porém, disse que em nenhum momento a declaração do Lula esteve em pauta na conversa. O governo brasileiro afirma que houve discordância sobre Gaza, mas não sobre a declaração.
Depois desse comunicado, o porta-voz do do Departamento de Estado americano, Matthew Miller, disse em entrevista em Washington que Blinken expressou a Lula sua discordância em relação à comparação feita pelo brasileiro entre a ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e o Holocausto — o extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial. .
— O secretário teve a oportunidade de discutir os comentários com o presidente Lula hoje, no sua reunião, no contexto da discussão ampla sobre o conflito em Gaza. E deixou claro, como eu fiz ontem (terça-feira), que são comentários com os quais não concordamos — disse Miller.
Na véspera, o porta-voz havia afirmado a posição da Casa Branca.
O Palácio do Planalto, porém, disse que em nenhum momento a declaração do Lula esteve em pauta na conversa. O governo brasileiro afirma que houve discordância sobre Gaza, mas não sobre a declaração.
O impasse entre Brasil e Israel países começou no último domingo. No dia seguinte, o embaixador do Brasil em Israel, Frederico Meyer, foi convocado pelo chanceler israelense para uma reunião no Museu do Holocausto. O Itamaraty considerou o encontro uma humilhação e chamou Meyer de volta ao país. O diplomata terá uma conversa com Mauro Vieira no Rio.
Outros temas discutidos foram a situação na Venezuela e no Haiti, a guerra na Ucrânia, o meio ambiente, a presidência brasileira do G20 e a reforma da governança global. No fim do encontro, Blinken declarou aos jornalistas que os dois países vão "trabalhar juntos".