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03 janeiro 2024

Turquia apoia caso de 'genocídio' da África do Sul contra Israel na CIJ

Ancara diz que crimes contra a humanidade de Israel em Gaza não devem ficar impunes em mais uma deterioração nos laços entre os dois Estados


Por Ragip Soylu | Middle East Eye

Istambul - A Turquia apoiou oficialmente o caso da África do Sul contra Israel no Tribunal Internacional de Justiça, que acusa o Estado de genocídio em sua guerra em curso em Gaza.

Milhares de pessoas se manifestam para mostrar solidariedade ao povo palestino na Ponte de Gálata, em Istambul, em 1º de janeiro (AFP/Yasin Akgul)

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Turquia, Oncu Keceli, disse em um comunicado que Ancara saúda o caso sul-africano, que diz que Israel violou suas obrigações sob a Convenção de 1948 sobre a Prevenção e Punição do Crime de Genocídio.

"O assassinato de mais de 22.000 civis palestinos por Israel, a maioria mulheres e crianças, em Gaza por quase três meses não deve ficar impune de forma alguma", disse Keceli.

"Os responsáveis por isso devem ser responsabilizados perante o direito internacional", continuou, acrescentando: "Esperamos que o processo seja concluído o mais rápido possível".

A África do Sul apresentou o caso no mês passado e quer uma ordem pedindo a Israel que interrompa suas operações militares no enclave sitiado.

Disse que tal ordem é "necessária neste caso para proteger contra danos adicionais, graves e irreparáveis aos direitos do povo palestino".

"Israel se envolveu, está se envolvendo e corre o risco de se envolver ainda mais em atos genocidas contra o povo palestino em Gaza", disse o pedido da África do Sul.

Providência cautelar


A África do Sul solicitou que a CIJ declare "urgentemente que Israel está violando suas obrigações em termos da Convenção sobre Genocídio, deve cessar imediatamente todos os atos e medidas em violação dessas obrigações e tomar uma série de ações relacionadas".

Keceli disse que a Turquia também espera que o tribunal emita uma liminar ordenando que Israel pare com seus ataques a Gaza, acrescentando que Ancara seguirá a implementação de tal decisão.

A guerra eclodiu em Israel e Gaza em 7 de outubro, quando o Hamas e outros grupos armados palestinos lançaram um ataque contra Israel que matou 1.200 israelenses e outros cidadãos, de acordo com o número de mortos do governo.

Enquanto isso, Israel matou mais de 22.000 palestinos em sua campanha de bombardeios aéreos e ataques terrestres, com a maioria dos mortos sendo mulheres e crianças, de acordo com o Ministério da Saúde palestino.

As forças militares de Israel têm como alvo muitos tipos de infraestrutura civil, incluindo hospitais, bairros residenciais, ambulâncias e mesquitas.

Bairros inteiros do enclave sitiado foram completamente destruídos.

A Convenção sobre Genocídio da ONU e o Estatuto de Roma do Tribunal Penal Internacional definem genocídio como atos "cometidos com a intenção de destruir, no todo ou em parte, um grupo nacional, étnico, racial ou religioso".

Especialistas jurídicos, funcionários da ONU e mais de 800 estudiosos já alertaram que Israel está potencialmente cometendo genocídio contra palestinos.

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