O grupo Resistência Islâmica do Iraque, que reúne milícias xiitas do país, afirmou nesta segunda-feira (22) ter atacado com drones o porto da cidade israelense de Ashdod, localizada na costa do mar Mediterrâneo.
Sputnik
"Combatentes da Resistência Islâmica no Iraque atacaram na terça-feira [horário local] o porto de Ashdod nos territórios ocupados usando drones", declarou o grupo ao postar um vídeo do suposto ataque na conta do Telegram.
A Resistência Islâmica do Iraque teria realizado um ataque com drones ao porto de Ashdod, no oeste do território palestino ocupado. |
No domingo (21), o grupo muçulmano xiita, com forte atuação no país, também intensificou os ataques a bases militares americanas na cidade de Harir, na província de Erbil, no Iraque, e nas províncias sírias de Al-Hasakah e de Deir Ez-Zor.
Os ataques são retaliação ao apoio norte-americano a Israel na guerra contra o grupo palestino Hamas na Faixa de Gaza. O conflito começou no dia 7 de outubro e já provocou a morte de 26 mil palestinos.
Desde meados de outubro de 2023, dezenas de ataques contra as forças armadas dos EUA e da coalizão no Iraque e na Síria já foram registrados. A maioria dos ataques foi reivindicada pelo grupo iraquiano. Washington lançou, em várias ocasiões, ataques em retaliação.
A atual guerra entre Israel e o Hamas é uma das mais mortíferas que já se abateu sobre o território. Após a invasão de militantes palestinos que romperam as defesas de Israel e invadiram várias comunidades próximas, matando cerca de 1.100 pessoas, a maioria civis, fazendo ainda cerca de 250 reféns, as autoridades do enclave alegam que a resposta de Israel já matou pelo menos 25.105 palestinos em Gaza e feriu mais de 60 mil. Segundo o Ministério da Saúde no território governado pelo Hamas, cerca de dois terços dos mortos são mulheres e crianças.
Cerca de 85% da população de Gaza, de 2,3 milhões de habitantes, fugiu das suas casas, procurando abrigo no sul, enquanto Israel continua a atacar todas as partes do enclave sitiado. Autoridades da ONU dizem que uma em cada quatro pessoas em Gaza está morrendo de fome, pois os combates em curso e o bloqueio israelense à região impedem a entrega de ajuda humanitária.
A guerra também alimentou tensões em toda a região, com grupos apoiados pelo Irã no Líbano, na Síria, e no Iêmen atacando alvos israelenses e norte-americanos à medida que aumenta o risco de um conflito mais amplo.