O Líbano confirmou sua intenção de registrar uma queixa junto ao Conselho de Segurança das Nações Unidas contra Israel, após o assassinato do vice-líder político do Hamas, Saleh al-Arouri, entre outros líderes das Brigadas al-Qassam, no sul de Beirute, na noite de terça-feira (2).
Monitor do Oriente Médio
As informações foram divulgadas pela imprensa local.
Reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre Oriente Médio, em Nova York, em 29 de novembro de 2023 [Murat Gök/Agência Anadolu] |
Najib Mikati, premiê libanês em caráter interino, condenou o ataque ao descrevê-lo como “novo crime israelense”, a fim de arrastar o Estado levantino à guerra.
Segundo comunicado, Mikati instruiu o ministro de Relações Exteriores, Abdullah Bou Habib, a submeter uma queixa urgente ao Conselho de Segurança sobre “as novas violações israelenses contra a soberania libanesa”, ao “atacar flagrantemente” o subúrbio sul de Beirute.
Sobre a matéria, advertiu Mikati: “Esta explosão é um novo crime israelense que busca arrastar o Líbano a uma nova fase de confrontações após ataques diários, ainda em curso, no sul do país, levando a um grande número de mártires e feridos”.
Tensões na fronteira israelo-libanesa escalaram desde o início da ofensiva a Gaza, deixando ao menos 22.400 palestinos mortos e 57.614 feridos — 70% dos quais mulheres e crianças.
Israel e Hezbollah trocam disparos desde então, na maior escalada desde a guerra aberta entre as partes em 2006. Do lado israelense, houve sucessivos disparos de fósforo branco ao território libanês — substância proibida que causa queimaduras graves e danos ambientais.
A crise regional tomou proporções sem precedentes após um ataque a drone israelense causar a morte de al-Arouri em solo libanês.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.