"Esperamos e queremos que a Corte Internacional de Justiça investigue imparcialmente a denúncia da África do Sul e de alguns outros governos contra o regime sionista em relação ao crime contra o povo de Gaza e não ceda às pressões políticas e não políticas dos EUA", disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Nasser Kanaani.
Tehran Times
A CIJ, o mais alto órgão judicial das Nações Unidas, começou a ouvir argumentos da África do Sul em Haia na quinta-feira acusando Israel de cometer genocídio na sitiada Faixa de Gaza, informou o Middle East Eye.
Pretória pede ao tribunal que aja com urgência "para proteger contra danos adicionais, graves e irreparáveis aos direitos do povo palestino sob a convenção sobre genocídio, que continua a ser violada impunemente".
A África do Sul entrou com a ação no final de dezembro, citando declarações feitas por autoridades públicas israelenses e as ações de seus militares, e quer uma ordem de emergência pedindo a Israel que suspenda sua campanha militar.
Mais de 23.000 palestinos foram mortos na guerra em curso em Gaza, incluindo mais de 9.000 crianças.
Em um pedido de 84 páginas enviado à CIJ em 29 de dezembro, a África do Sul disse que as ações de Israel em Gaza eram de "caráter genocida porque visam provocar a destruição de uma parte substancial do grupo nacional, racial e étnico palestino".
A CIJ é a mais alta corte da ONU. Criado em 1945, lida com disputas entre países e emite pareceres consultivos. Tem 15 juízes que são eleitos para mandatos de nove anos pela Assembleia Geral da ONU e pelo Conselho de Segurança.
O tribunal pode ser ampliado com a adição de um juiz de cada lado do caso, neste caso África do Sul e Israel.
Os atuais juízes da CIJ são dos Estados Unidos, Rússia, China, Eslováquia, Marrocos, Líbano, Índia, França, Somália, Jamaica, Japão, Alemanha, Austrália, Uganda e Brasil.