A presidência francesa do Conselho de Segurança das Nações Unidas (CSNU) recusou marcar uma reunião urgente, solicitada pela Rússia, para discutir o abate do avião russo Il-76, que transportava 65 prisioneiros militares ucranianos, na tarde desta quarta-feira (24).
Sputnik
A representação russa na organização internacional afirmou que essa decisão é uma clara tentativa de proteger Kiev, após Moscou acusar as autoridades ucranianas de derrubar o avião na região de Belgorod.
© AFP 2023 / Angela Weiss |
"Hoje, no Conselho de Segurança, ocorreu um desenvolvimento chocante: a presidência francesa @franceonu recusou um pedido nosso de reunião urgente às 15h (20h, GMT). Em clara tentativa de proteger os clientes do regime de Kiev, concorda em agendar a reunião apenas para amanhã, às 17h", afirmou o vice-representante russo da Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitry Polyanskiy, no X (antigo Twitter).
Avião abatido
Em declaração, o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, condenou o ataque ucraniano ao avião Il-76, que matou prisioneiros do país. Em vez de prosseguirem com o acordo de troca do grupo, afirmou Lavrov, Kiev decidiu atacar o avião com mísseis antiaéreos.
De acordo com Lavrov, a expectativa é que o lado ucraniano explique a forma como o avião foi abatido pelas Forças Armadas. "Estamos estabelecendo os fatos", acrescentou o ministro.
Assim que provocou a destruição da aeronave russa, aponta Lavrov, a Ucrânia chegou a anunciar "outra vitória" diante da operação militar especial.
Porém, o comando militar responsável pelo ataque ainda não sabia que eram transportados justamente os prisioneiros ucranianos que seriam liberados após o acordo entre os dois países. Depois, a propaganda ucraniana ainda tentou "varrer para debaixo do tapete" os relatos de vitória.