Chefe da diplomacia suíça pede inclusão da Rússia nas discussões de paz sobre a Ucrânia

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Não haverá paz se Moscou não puder ter uma palavra a dizer, diz Ignazio Cassis


TASS

GENEBRA - A Rússia deve ser incluída no processo de acordo de paz na Ucrânia, disse o conselheiro federal suíço para as Relações Exteriores, Ignazio Cassis.

O ministro das Relações Exteriores da Suíça, Ignazio Cassis © Henry Nicholls/AP

"Devemos encontrar uma maneira de trazer a Rússia para discussões de paz. Não haverá paz se a Rússia não puder ter uma palavra a dizer", disse ele em entrevista coletiva no Fórum Econômico Mundial, em Davos.

De acordo com o chefe da diplomacia suíça, delegados de 83 países participam de uma reunião de conselheiros de segurança nacional sobre a "fórmula de paz" ucraniana, que está sendo realizada em Davos, por iniciativa da Suíça e da Ucrânia, em 14 de janeiro.

Três reuniões sobre a "fórmula da paz" foram realizadas em 2023. A última ocorreu em Malta, nos dias 28 e 29 de outubro de 2023.

Ao discursar na cúpula do Grupo dos Vinte em novembro de 2022, Zelensky disse que Kiev tinha um "plano para alcançar a paz" composto por dez pontos. Entre eles estão a segurança nuclear, alimentar e energética, e uma troca "tudo por todos" de "detidos", bem como a restauração da integridade territorial da Ucrânia. O plano, no entanto, ignora totalmente a posição de Moscou.

Enquanto isso, o secretário de imprensa presidencial russo, Dmitry Peskov, disse que as declarações de Zelensky sobre um acordo pacífico estavam fora da realidade. Moscou não vê progresso no processo de assentamento em torno da Ucrânia e é por isso que continua sua operação militar.

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