Cerca de cem advogados chilenos registraram uma queixa no Tribunal Penal Internacional (TPI) contra o premiê israelense Benjamin Netanyahu, ao acusá-lo de realizar crimes de guerra e lesa-humanidade, incluindo crime de genocídio, na Faixa de Gaza sitiada.
Monitor do Oriente Médio
A denúncia, apresentada em Haia no dia 22 de dezembro, é liderada pelo ex-embaixador Nelson Hadad, rerpotou a rede de notícias Quds Press.
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, preside reunião do gabinete na sede do Ministério da Defesa em Tel Aviv, em 17 de dezembro de 2023 [Menahem Kahana/AFP via Getty Images] |
Os querelantes — na maioria, de raízes palestinas — reivindicam um mandado de prisão contra Netanyahu e outros indivíduos responsáveis pelas violações israelenses.
A denúncia destaca o bombardeio indiscriminado imposto contra Gaza desde 7 de outubro e a destruição de 60% da infraestrutura civil no enclave mediterrâneo, incluindo bairros residenciais inteiros.
Segundo Hadad: “Todos os países têm o dever de denunciar criminosos de guerra, garantir que sejam responsabilizados e assumam as consequências de seus atos, incluindo punição devida e indenização às vítimas, de acordo com o Estatuto de Roma”.
O objetivo da queixa é provar que atos deliberados de genocídio, deslocamento à força e outras violações da lei estão em curso na Faixa de Gaza.
Israel impõe ataques por ar e terra a Gaza desde 7 de outubro, deixando 23.084 mortos e 58 mil feridos, além de 2.2 milhões de desabrigados — 70% das vítimas são mulheres e crianças.
As ações israelenses são crime de guerra e genocídio.