Blinken encontra Erdogan, da Turquia, em início de viagem diplomática pelo Oriente Médio

O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, reúne-se neste sábado com líderes da Turquia e da Grécia, no início de viagem de uma semana com o objetivo de aliviar as tensões que se instalaram no Oriente Médio desde o início da guerra entre Hamas e Israel, em outubro.


Por Simon Lewis e Tuvan Gumrukcu | Reuters

ISTAMBUL - Mais alto diplomata do governo do presidente norte-americano, Joe Biden, Blinken começou sua viagem por Istambul, encontrando-se com o presidente turco, Tayyip Erdogan, forte crítico das ações militares de Israel na Faixa de Gaza.

Secretário de Estado dos EUA, Blinken, visita a Turquia 06/01/2024 REUTERS/Evelyn Hockstein

Durante o encontro, Blinken “enfatizou a necessidade de impedir que o conflito se espalhe, assegurar a soltura dos reféns, expandir a ajuda humanitária e reduzir as baixas civis”, afirmou o porta-voz do Departamento de Estado, Matthew Miller.

O diplomata também salientou a necessidade de trabalhar pela paz prolongada na região, que garanta a segurança de Israel e avance no estabelecimento de um Estado palestino, afirmou.

Blinken viaja em seguida para a ilha de Creta para se encontrar com o primeiro-ministro da Grécia, Kyriakos Mitsotakis. Membros da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte), os gregos aguardam a aprovação, por parte do Congresso norte-americano, da venda de caças F-35. “Discutiremos o assunto. Eu acho que teremos evoluções positivas”, afirmou o ministro das Relações Exteriores do país, George Gerapetritis, à emissora de televisão Greek Skai.

A viagem de Blinken também incluirá países árabes, Israel e a Cisjordânia ocupada, para onde levará a mensagem de que Washington não quer uma escalada do conflito na Faixa de Gaza.

A guerra teve início quando combatentes do Hamas atacaram Israel no dia 7 de outubro, matando 1.200 pessoas e tomando 240 reféns. Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva que já matou 22.700 palestinos, de acordo com autoridades locais. O conflito se espalhou pela Cisjordânia, Líbano e linhas marítimas do Mar Vermelho.

(Reportagem adicional de Angeliki Koutantou, em Atenas)
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