Forças israelenses detiveram 25 palestinos na Cisjordânia ocupada nesta quinta-feira (21), elevando o número de aprisionados arbitrariamente desde 7 de outubro a 4.655 pessoas, alertaram em comunicado a Comissão de Prisioneiros e Ex-prisioneiros e a Sociedade dos Prisioneiros Palestinos.
Middle East Eye
As prisões ocorreram em Nablus, Tulkarm, Ramallah e Hebron (Al-Khalil).
Polícia reprime palestinos em frente à embaixada do Egito em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, em 19 de dezembro de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu] |
Os índices aterradores excluem ainda os presos na Faixa de Gaza sitiada, levados em condições degradantes a localidades desconhecidas.
“As prisões são marcadas por assédio, espancamento e ameaças contra os detidos e suas famílias, junto de atos de sabotagem e destruição de casas palestinas”, reafirmou a nota.
No fim de novembro, durante uma trégua de uma semana, o Hamas libertou 81 israelenses e 24 estrangeiros em troca de 240 palestinos — dentre os quais 71 mulheres e 169 crianças.
Desde 7 de outubro, Israel mantém uma violenta ofensiva contra a Faixa de Gaza, deixando ao menos 20 mil mortos e 50 mil feridos — na maioria, mulheres e crianças.
Na Cisjordânia, 302 palestinos foram mortos e mais de 3.100 ficaram feridos. Em menos de três meses, a população carcerária praticamente dobrou.
Quase dez mil palestinos, incluindo mulheres e crianças, permanecem encarcerados por Israel, sob condições de abuso e tortura, a maioria sem julgamento ou sequer acusação — reféns, por definição.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.