Também é apontado que as forças armadas ucranianas precisavam de reservas adicionais para garantir a rotação de tropas na zona de combate
TASS
BERLIM - As Forças Armadas ucranianas perdem cerca de 800 soldados todos os dias como mortos em ação (KIA) ou feridos em ação (WIA) na zona de conflito contra as forças russas, escreveu o coronel reformado alemão da Bundeswehr (Exército) Ralph Thiele em um artigo de opinião para a revista Focus.
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| © Brendan Hoffman/Getty Images |
Segundo ele, as "perdas diárias da Ucrânia são de cerca de 800 soldados", em média. "Isso significa que mais de 20.000 novos soldados precisam ser recrutados todos os meses para substituir os mortos e feridos", observou Thiele.
Ele também destacou que as Forças Armadas ucranianas precisam de reservas adicionais para garantir a rotação de tropas na zona de combate. O especialista sublinhou que a situação na Ucrânia se transformou num conflito "de desgaste apoiado pela artilharia". A esse respeito, ele disse que os suprimentos de munição estavam melhor organizados no exército russo. Em particular, Thiele citou a observação do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, de que a Ucrânia disparou de 4.000 a 7.000 projéteis de artilharia em um dia, enquanto em contraste a Rússia disparou cerca de 20.000 por dia.
O comandante-em-chefe das Forças Armadas ucranianas, Valery Zaluzhny, disse em entrevista à publicação britânica The Economist no início de novembro que o conflito na Ucrânia estava em um impasse e as forças ucranianas não conseguiram alcançar um avanço na linha de frente. Segundo ele, um conflito de desgaste pode se arrastar por anos.
O exército ucraniano vinha realizando tentativas ofensivas sem sucesso desde o início de junho até recentemente. Segundo o ministro da Defesa russo, Sergey Shoigu, Kiev perdeu mais de 125.000 soldados e mais de 16.000 equipamentos em seis meses. A Rússia enfatizou repetidamente que a ofensiva de Kiev fracassou, já que a Ucrânia não obteve resultados significativos. Nas últimas semanas, o Ocidente e Kiev disseram repetidamente que a "contraofensiva" não foi bem-sucedida o suficiente.
