O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, disse nesta quinta-feira que, dado o número de vítimas entre os civis em Gaza, ele duvida que Israel esteja respeitando a lei humanitária internacional, ao repetir que a ação militar no enclave não é aceitável.
Reuters
MADRI - Na semana passada, comentários semelhantes feitos por Sánchez e pelo premiê belga Alexander de Croo na travessia de Rafah, controlada pelo Egito, irritaram Israel, cujo ministro das Relações Exteriores, Eli Cohen, disse que as declarações repetiram "falsas alegações" e "deram um impulso ao terrorismo". O chanceler disse então que convocou os embaixadores dos dois países.
Primeiro-ministro da Espanha durante reunião de gabinete em Madri 22/11/2023 REUTERS/Juan Medina |
"As imagens que estamos vendo e o número crescente de crianças morrendo, tenho sérias dúvidas de que (Israel) esteja cumprindo a lei humanitária internacional", disse Sánchez em uma entrevista à emissora estatal espanhola TVE.
"O que estamos vendo em Gaza não é aceitável", acrescentou.
Apesar da disputa diplomática, Sánchez, que está pressionando por uma conferência de paz, disse que a relação entre Israel e Espanha é "correta" e que "países amigos também precisam dizer coisas uns aos outros".
Ele insistiu que os países europeus discutam o reconhecimento de um Estado palestino.