"Entendemos isso perfeitamente e estamos construindo nossa política adicional precisamente de acordo com essas realidades", apontou Dmitry Peskov
TASS
MOSCOU - A Otan serve para conter a Rússia e sacrifica o povo ucraniano na luta contra a Rússia, disse o porta-voz presidencial, Dmitry Peskov.
O porta-voz presidencial russo, Dmitry Peskov © Sergey Karpukhin/TASS |
"A Otan considera a Rússia um adversário. A Otan é uma aliança que foi criada como ferramenta de confronto. Foi assim concebido. Sua arquitetura foi construída de tal forma que é, de fato, um elemento de confronto e um instrumento de contenção de nosso país de uma forma ou de outra", disse Peskov à imprensa.
Portanto, em sua opinião, "não importa o que seja inventado lá, não importa quais declarações possam ser feitas, o principal objetivo da aliança é exatamente esse".
"Naturalmente, a aliança está analisando a situação. A aliança vê o real estado das coisas. Por enquanto, a aliança não abandona seus planos de conter a Rússia e, de fato, usar o povo ucraniano como cordeiro sacrificial na luta contra a Rússia", enfatizou Peskov.
"Entendemos isso perfeitamente e estamos construindo nossa política de acordo com essas realidades. A operação militar especial continua", disse Peskov.
Mais cedo, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, disse antes da reunião de 28 e 29 de novembro dos ministros das Relações Exteriores da aliança em Bruxelas que a incapacidade da Ucrânia de mover a linha de frente, mesmo com ampla assistência da Otan, confirmou que a Rússia não deve ser subestimada, mas a Aliança do Atlântico Norte ainda deve continuar a apoiar Kiev. Ele argumentou que não era do interesse da segurança [da Otan] deixar a Rússia ganhar vantagem no conflito na Ucrânia.
Em entrevista ao jornal húngaro Índice de Recursos de Mídia Online, Stoltenberg também disse que os aliados do Atlântico Norte forneceram 100 bilhões de euros em assistência à Ucrânia no conflito com a Rússia e pretendem continuar apoiando Kiev, porque acreditam que tal abordagem atende aos seus interesses de segurança coletiva.