Dezenas de milhares de marroquinos participam de grandes manifestações nas cidades de Tânger e Casablanca, no noroeste do país.
Rania Abu Shamala | Agência Anadolu
RABAT - Dezenas de milhares de marroquinos marcharam neste domingo nas cidades de Tânger e Casablanca, no noroeste, em apoio aos palestinos, com especial ênfase na situação em Gaza, devastada por bombardeios do exército israelense.
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De acordo com um correspondente da Anadolu, os participantes da manifestação de Tânger exibiram bandeiras palestinas e marroquinas, bem como imagens da mesquita de Al-Aqsa e das vítimas do ataque israelense em Gaza.
A marcha, que contou com o apoio de várias organizações civis, incluindo a Frente Marroquina de Apoio à Palestina e Oposição à Normalização e a Autoridade Marroquina de Apoio às Causas da Nação, chamou a atenção para a "resistência", que foi fundamental para a libertação das mulheres palestinas prisioneiras.
Os participantes também exigiram que o escritório de comunicação israelense em Rabat fosse fechado.
Os participantes da manifestação gritaram palavras de ordem como "uma saudação de luta para proteger Gaza", "o povo quer derrubar a normalização", "ir para Jerusalém, com milhões de mártires" e "o povo quer a libertação da Palestina".
Em Casablanca, dezenas de milhares de marroquinos também marcharam para expressar solidariedade a Gaza e se opor à normalização das relações com Israel.
A marcha foi organizada pela Frente Marroquina de Apoio à Palestina e Oposição à Normalização, com destaque para os participantes com imagens de Al-Aqsa e das vítimas da guerra israelita em Gaza.
Os manifestantes gritavam palavras de ordem como "o povo de Marrocos por Al-Aqsa... com a inundação de Al-Aqsa", "o povo quer derrubar a normalização", "o povo quer a libertação da Palestina", "Gaza, Gaza... símbolo de orgulho" e "o povo de Al-Aqsa marchará até a vitória e a libertação".
Em dezembro de 2020, Marrocos e Israel restabeleceram relações diplomáticas, que estavam congeladas desde 2000, uma medida que foi contestada por forças populares e políticas do reino.
Os manifestantes também elogiaram a resistência por sua capacidade de "impor suas condições" no acordo temporário de pausa humanitária alcançado pelo Hamas com Israel.