Soldados israelenses prenderam ao menos 78 palestinos na Cisjordânia ocupada entre a noite de terça-feira (14) e a manhã de quarta-feira (15), incluindo 17 jovens mulheres de Hebron (Al-Khalil), relataram a Comissão Palestina para Prisioneiros e Ex-prisioneiros e o Clube dos Prisioneiros Palestinos em nota.
Middle East Monitor
As prisões incidiram sobretudo sobre a província de Hebron, mas também ocorreram em Belém, Ramallah, Jenin, Tulkarem, Nablus e Jerusalém.
Forças israelenses invadem ruas na Cisjordânia ocupada para prender moradores, em 2 de novembro de 2023 [Issam Rimawi/Agência Anadolu] |
A campanha incorreu em abuso, agressão física, apreensão arbitrária de celulares, ameaças contra prisioneiros e suas famílias e destruição extensiva de suas casas. Soldados chegaram ao ponto de apontar armas e ameaçar abertamente os civis palestinos.
Ambas as organizações reportaram que Israel parece ter como alvo presente na Cisjordânia os estudantes palestinos, como parte de uma de suas mais consistentes práticas repressivas nos territórios ocupados.
A mais recente escalada israelense alveja, em particular, universidades palestinas.
Israel mantém uma violenta ofensiva contra a Faixa de Gaza sitiada desde 7 de outubro, em retaliação a uma ação surpresa do movimento Hamas que atravessou a fronteira e capturou cerca de 240 colonos e soldados.
Israel matou mais de 11.500 pessoas em 40 dias, incluindo 4.710 crianças e 3.160 mulheres, além de 30 mil feridos. Ao menos 3.500 pessoas continuam desaparecidas sob os escombros — provavelmente mortas.
Na Cisjordânia, desde então, Israel prendeu mais de 2.650 pessoas, totalizando sete mil palestinos em custódia da ocupação — a maioria, sem julgamento ou sequer acusação; reféns, por definição.
As ações israelenses são punição coletiva, crime de guerra e genocídio.