O governo do Iraque condenou os ataques aéreos norte-americanos realizados durante a noite ao sul de Bagdá que mataram oito membros do grupo paramilitar iraquiano Kataib Hezbollah, alinhado ao Irã, dizendo que foram uma "escalada perigosa" não coordenada com as autoridades.
Por Ahmed Rasheed e Timour Azhari | Reuters
BAGDÁ - Os EUA realizaram duas séries de ataques no Iraque desde terça-feira, em resposta a mais de 60 ataques de milícias alinhadas ao Irã contra forças na região, e destruíram um centro de operações do Kataib Hezbollah e um posto de comando e controle.
Até esta semana, os Estados Unidos estavam relutantes em retaliar no Iraque devido à delicada situação política em Bagdá, onde eles buscaram uma cooperação mais próxima, e em um esforço para evitar a repercussão regional da guerra de Gaza.
Os ataques começaram em 17 de outubro e foram associados por grupos de milícias iraquianas ao apoio dos EUA a Israel em seu bombardeio de Gaza após os ataques do grupo militante palestino Hamas contra Israel.
O Kataib Hezbollah disse que os últimos ataques mataram oito de seus membros em sua fortaleza de Jurf al-Sakhar, ao sul de Bagdá.
Em um comunicado, ameaçou atacar uma gama maior de alvos se os ataques dos EUA continuassem.
O governo iraquiano condenou os ataques dos EUA como "uma clara violação da soberania e uma tentativa de perturbar a situação estável da segurança interna", ao mesmo tempo em que observou que os ataques de grupos armados vão contra os interesses nacionais do Iraque.