Três centros médicos foram atingidos, incluindo o maior da Faixa de Gaza, afirmou o grupo terrorista.
Por g1
Uma região com diversos hospitais na Faixa de Gaza foi bombardeada pelas forças de Israel nesta sexta-feira (10), matando uma pessoa e ferindo várias outras, disse o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é subordinado ao grupo terrorista Hamas.
As autoridades israelenses ainda não se manifestaram sobre o assunto, mas, anteriormente, afirmaram que o Hamas têm centros de comando e túneis embaixo de centros médicos.
Diversas famílias de Gaza estão abrigadas em hospitais dentro do território para se protegerem dos bombardeios, já que atacar centros médicos e profissionais da saúde é crime de guerra.
Equipes médicas relataram que as forças de Israel assumiram posições em torno dos hospitais infantis Rantissi, Al-Quds e Nasser nos últimos dias, aumentando a preocupação das pessoas.
3 hospitais afetados
Ao menos 3 hospitais foram afetados pelos ataques:
- Hospital Al-Shifa, maior centro médico da Faixa de Gaza;
- Hospital Pediátrico Al-Rantisi, único centro médico infantil no norte de Gaza;
- Hospital Indonésio, centro médico com propósito humanitário.
A porta-voz da OMS, Margaret Harris, disse: “Não tenho detalhes sobre Al-Shifa, mas sabemos que [a região] está sob bombardeio”. Um vídeo compartilhado nas redes sociais e verificado pela Reuters mostra vários mortos e feridos, incluindo crianças, perto do centro médico.
O diretor do centro médico, Mohammad Abu Salmiya, afirmou que "tanques israelenses abriram fogo contra o hospital Al-Shifa".
A Indonésia disse que partes do Hospital Indonésio foram danificadas em explosões noturnas nas proximidades. O país não relatou nenhuma vítima, mas condenou as explosões sem dizer quem foi o responsável.
'Não há como evacuarmos'
Ashraf Al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde de Gaza, disse que Israel bombardeou edifícios do hospital Al-Shifa cinco vezes desde a noite de quinta-feira.
Após as explosões, testemunhas disseram que muitas pessoas estavam começando a deixar as instalações, temendo novos ataques, mas Qidra afirmou que isso não seria possível para todos.
“Não há como evacuarmos, não há forma prática de o fazer também. Estamos falando de 45 bebês em incubadoras, 52 crianças em unidades de cuidados intensivos, centenas de feridos e pacientes, e dezenas de milhares de pessoas deslocadas", disse à Reuters.
Tiroteio no hospital Al-Quds
O Crescente Vermelho (como é chamada a Cruz Vermelha em países de maioria islâmica) disse na sexta-feira que uma pessoa foi morta e 19 ficaram feridas em um tiroteio causado pelas forças israelenses no hospital Al-Quds, em Gaza.
"Agora, confrontos intensos e franco-atiradores da ocupação abrem fogo contra o hospital Al-Quds, causando ferimentos", disse a ONG no Twitter.
Contatado pela AFP, o Exército israelense disse que "não pode falar de possíveis locais relacionados" com suas operações porque poderia "comprometer as tropas".