Em uma rara declaração conjunta sobre a situação em Gaza, os chefes de 18 organizações e agências da ONU pediram um "cessar-fogo humanitário imediato", expressando indignação com o número de vítimas civis no enclave que chegou a cerca de 10.000, cerca de metade delas crianças.
Al Jazeera
Os chefes das agências da ONU escreveram em um comunicado no site do Comitê Permanente Interagências da ONU: "Há quase um mês, o mundo observa a situação em Israel e nos territórios palestinos ocupados com choque e horror com o (crescente) número de vidas perdidas".
Pesado bombardeio israelense em Gaza varre bairros residenciais inteiros (Al Jazeera) |
Em Gaza, "um povo inteiro está sitiado e atacado, impedido de ter acesso a elementos essenciais à sobrevivência e bombardeado em suas casas, abrigos, hospitais e locais de culto. Isso é inaceitável."
Os horríveis assassínios de mais civis em Gaza são escandalosos, assim como os 2,2 milhões de palestinianos privados de alimentos, água, medicamentos, electricidade e combustível.
Eles acrescentaram que mais alimentos, água, remédios e combustível devem ser permitidos na Faixa de Gaza para ajudar a população. "Precisamos de um cessar-fogo humanitário imediato. Já se passaram 30 dias. É o suficiente. Isso tem que acabar agora."
Por outro lado, as agências da ONU pediram ao Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) que liberte seus detidos israelenses, pedindo a cada lado que "respeite suas obrigações sob o direito internacional".
Vale ressaltar que o Ministério da Saúde em Gaza contabilizou 9770 mártires desde o início da agressão israelense, e confirmou que 24% das vítimas da agressão são mulheres e crianças, lembrando que a ocupação cometeu no domingo 243 grandes massacres.
A declaração foi assinada por Martin Griffiths, coordenador do Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA), Volker Türk, Alto Comissário das Nações Unidas para os Direitos Humanos, Katherine Russell, diretora executiva do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da Organização Mundial da Saúde, além de chefes de outras 14 organizações e agências da ONU.