O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, disse nesta quinta-feira que a trégua temporária entre Israel e o grupo militante palestino Hamas tem produzido resultados e que os EUA esperam que ela continue.
Por Humeyra Pamuk | Reuters
TEL AVIV - Sentado ao lado do presidente de Israel, Isaac Herzog, Blinken disse que Washington está concentrado em ajudar a garantir a liberdade dos reféns levados para Gaza durante o ataque de 7 de outubro, durante o qual Israel diz que o Hamas matou 1.200 pessoas e sequestrou 240. Herzog afirmou que cerca de 150 reféns permanecem em Gaza.
Secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken, desembarca de avião ao chegar em Tel Aviv 30/11/2023 SAUL LOEB/Pool via REUTERS |
"Vimos na última semana o desenvolvimento muito positivo de reféns voltando para casa, reunidos com suas famílias. E isso deve continuar hoje. Isso também possibilitou um aumento na assistência humanitária para civis inocentes em Gaza que precisam desesperadamente", disse Blinken.
"Portanto, esse processo está produzindo resultados. É importante, e esperamos que possa continuar", disse Blinken.
A reunião em Tel Aviv ocorreu em uma manhã em que dois agressores palestinos abriram fogo em um ponto de ônibus durante o horário de pico na entrada de Jerusalém, matando pelo menos três pessoas e ferindo outras oito, segundo a polícia israelense.
Tanto Blinken quanto Herzog condenaram o ataque.
Mais cedo nesta quinta-feira, Israel e o Hamas chegaram a um acordo de última hora para estender o cessar-fogo de seis dias em Gaza por mais um dia para permitir que os negociadores continuem trabalhando em acordos para trocar reféns mantidos no enclave por prisioneiros palestinos.
Em Jerusalém, Blinken se reuniu com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, informou uma autoridade dos EUA. Depois, ele se reuniria com o gabinete de guerra de Israel e, separadamente, com o líder da oposição, Yair Lapid, o ministro da Defesa, Yoav Gallant, e o ministro Benny Gantz.
A trégua trouxe o primeiro alívio para Gaza em sete semanas, durante as quais Israel bombardeou fortemente o território em resposta ao ataque de 7 de outubro.
Ela também permitiu a entrada de ajuda humanitária em Gaza, depois que grande parte do território costeiro de 2,3 milhões de habitantes foi reduzida a um terreno baldio pela campanha militar de retaliação de Israel.
Israel prometeu aniquilar o Hamas, que governa Gaza. Autoridades de saúde do enclave afirmam que o bombardeio israelense no território já matou mais de 15.000 pessoas.