Chefe de enfermagem de hospital perto do local disse que não estava preparado para a quantidade de pacientes que receberam
Kareem Khadder e Mohammed Tawfeeq | CNN
Mais de 50 pessoas morreram e muitas outras ficaram feridas em uma explosão no campo de refugiados de Al-Maghazi, no centro da Faixa de Gaza, na noite de sábado (4), de acordo com um funcionário de um hospital próximo.
Pessoas feridas em ataques israelenses ao campo de refugiados de Al-Maghazi são levadas ao Hospital dos Mártires de Al-Aqsa em Deir Al-Balah, Gaza, em 5 de novembro | CNN |
“Uma das casas do acampamento foi atingida. Esta casa estava lotada de moradores. Seus residentes foram bombardeados enquanto estavam seguros em suas casas”, disse Khalil Al-Daqran, chefe de enfermagem.
Segundo Al-Daqran, muitas das vítimas eram mulheres e crianças e que o número de mortos aumentaria à medida que mais corpos fossem levados ao hospital.
Um vídeo feito no hospital dos Mártires de Al-Aqsa mostrou vários corpos estendidos sob uma lona branca, entre eles de cinco crianças.
Jamal Al Aloul, residente do campo de Al-Maghazi, disse que estava dormindo profundamente quando de repente “o prédio inteiro caiu sobre nós”.
Ele disse que seus dois filhos morreram e que não sabia quem mais havia sido morto, mas que havia muitas outras pessoas no prédio.
“Vi um sinal vermelho, depois estávamos tremendo no sofá, vi todas as minhas irmãs gritarem… quando me descobri viva, olhei para ver quem ainda estava vivo”, disse Samah Shaqoura, outra residente do campo.
Ela disse que momentos depois encontrou seu pai morto.
Al-Daqran disse que o hospital não estava preparado para receber a quantidade de pacientes que chegavam do local e disse que a escassez de combustível e suprimentos tornava impossível o tratamento adequado dos feridos.
“O número de pessoas dentro do hospital que precisam de tratamento é mais que o dobro do número de leitos no hospital”, disse ele à CNN.