O Ministério da Saúde palestino informou que cinco pessoas foram mortas pelas forças israelenses no campo de refugiados de Nur Al Shams.
Al Jazeera
Pelo menos nove palestinos foram mortos pelas forças israelenses na Cisjordânia ocupada, de acordo com o Ministério da Saúde palestino, enquanto a violência aumenta em meio ao ataque contínuo de Israel à sitiada Faixa de Gaza.
Fumaça sobe durante ataque militar israelense a Nur Al Shams, na Cisjordânia ocupada, nesta quinta-feira (19) [Majdi Mohammed/AP Photo] |
Pelo menos 75 palestinos foram mortos por tropas ou colonos israelenses na Cisjordânia desde o início da guerra em Gaza, em 7 de outubro, segundo dados do ministério.
O Ministério da Saúde palestino disse que as forças israelenses mataram sete palestinos durante ataques ao campo de refugiados de Nur Al Shams, na cidade de Tulkarem, na quinta-feira.
Segundo as autoridades de saúde, uma das vítimas era um adolescente de 16 anos.
O exército israelense disse em um comunicado que "continua a operar no campo [de Nur Al Shams] para impedir a atividade terrorista".
O Crescente Vermelho palestino disse que seus médicos trataram 25 pessoas em Nur Shams, a maioria por ferimentos de bala.
"Ambulâncias estão sendo detidas pelas forças de ocupação com pessoas feridas dentro", disse a organização em um comunicado.
Outros dois palestinos foram mortos em incidentes separados no campo de refugiados de Dheisheh e na cidade de Budrus, disse o ministério.
As forças israelenses intensificaram os ataques a cidades e vilarejos palestinos e realizaram uma ampla campanha de prisões na Cisjordânia ocupada, onde palestinos realizaram protestos em solidariedade a Gaza.
Israel começou seu ataque a Gaza depois que o grupo palestino Hamas, que governa a Faixa de Gaza, lançou um ataque brutal contra o sul de Israel, matando pelo menos 1.400 pessoas e levando mais de 200 outras em cativeiro.
Desde então, Israel impôs um "cerco completo" a Gaza, cortando o acesso a água, alimentos, eletricidade e combustível para os 2,3 milhões de habitantes da faixa e bombardeando implacavelmente o território. Pelo menos 3.785 pessoas morreram no ataque, segundo as autoridades de saúde palestinas.
Os protestos em toda a Cisjordânia - que se intensificaram após relatos de uma explosão em um hospital em Gaza que, segundo as autoridades palestinas, matou centenas de pessoas na terça-feira - também visaram a Autoridade Palestina (AP), que há muito enfrenta críticas por sua política de coordenação de segurança com Israel.
As forças de segurança da AP usaram gás lacrimogêneo e granadas de atordoamento para dispersar os manifestantes que gritavam pela deposição do presidente Mahmoud Abbas na terça-feira.
As autoridades israelenses na Cisjordânia ocupada prenderam mais de 600 pessoas desde o início dos combates. Os palestinos em Jerusalém Oriental ocupada também alertaram sobre o aumento do assédio por parte de colonos israelenses e forças de segurança.