Em 2020, a Comissão Europeia apresentou um novo plano sobre migração e asilo baseado no sistema de cotas. O plano rapidamente estagnou após críticas da Hungria, Polônia e outros países, que se opuseram aos planos de acolhimento de imigrantes.
Correio do Brasil
O ministro da Defesa da Polônia, Mariusz Blaszczak, descreveu como "uma política de suicídio" o renovado Pacto sobre Migração e Asilo que a União Europeia (UE) pretende aprovar. Ele acrescentou que o plano vai provocar novas ondas de imigrantes que não querem se integrar na sociedade europeia, mas "querem impor a sua ordem à Europa".
O plano vai provocar novas ondas de imigrantes que não querem se integrar na sociedade europeia © Fornecido por Correio do Brasil |
– É uma política de suicídio que está sendo levada a cabo pelas elites da UE. É uma política relacionada com a engenharia social, uma tentativa de reordenar a próxima fase de evolução, ou seja, a mudança demográfica na Europa – declarou Mariusz Blaszczak à Polskie Radio.
Segundo Blaszczak, o plano proposto pela UE vai provocar novas ondas de imigrantes que não querem se integrar na sociedade europeia, mas "querem impor a sua ordem à Europa", o que o próprio Blaszczak descreveu como "extremamente perigoso". No entanto, o ministro afirmou que o partido conservador polonês Lei e Justiça (PiS) vai conseguir gerir a questão da imigração, com firmeza e rigidez, se permanecer no poder após as eleições legislativas que vão ser realizadas no próximo dia 15 de outubro.
Em 2020, a Comissão Europeia apresentou um novo plano sobre migração e asilo baseado no sistema de cotas. O plano rapidamente estagnou após críticas da Hungria, Polônia e outros países, que se opuseram aos planos de acolhimento de imigrantes.
No dia 29 de setembro, a televisão Al Jazeera noticiou que o renovado Pacto da UE sobre Migração e Asilo procura aliviar a pressão sobre os países da linha de frente, como Itália e Grécia, e realocar alguns migrantes para outros Estados-membros do bloco europeu. Os países-membros da UE que se oponham a acolher migrantes vão ter de pagar aos Estados-membros que lhes concederem asilo.
Polônia retoma controle fronteiriço com a Eslováquia durante 10 dias
A Polônia vai retomar o controle fronteiriço na fronteira com a Eslováquia por um período de dez dias, com possibilidade de prorrogação, para evitar a migração ilegal, informou o ministro do Interior polonês, Mariusz Kaminski.
– O governo decidiu retomar provisoriamente o controle fronteiriço na fronteira com a Eslováquia a partir da meia-noite – disse Kaminski aos jornalistas.
O ministro polonês explicou que a decisão se deve ao aumento do número de imigrantes ilegais na chamada "rota dos Balcãs".
No final de setembro, a porta-voz da Guarda de Fronteira polonesa, Anna Michalska, anunciou que há mais de um mês que os guardas de fronteira poloneses observavam um aumento no fluxo de migrantes ilegais provenientes da Eslováquia. Segundo a responsável, a fronteira entre a Polônia e a Eslováquia fica no espaço Schengen e, por isso, os guardas de fronteira não podem realizar controles rigorosos.
Imigrantes atacam patrulha polonesa na fronteira com Belarus
Um grupo de migrantes ilegais atacou com pedras uma patrulha polonesa na fronteira com Belarus, informou a Guarda de Fronteira da Polônia.
– Um grupo de 10 estrangeiros atirou pedras contra uma patrulha – escreveu a organização na sua conta no X (anteriormente Twitter).
A agência indicou que ninguém ficou ferido e acrescentou que um total de 35 imigrantes tentou atravessar a fronteira polonesa. Além disso, a Guarda de Fronteira publicou um vídeo que mostra dois patrulheiros se esquivando de pedras atiradas por migrantes por cima da cerca da fronteira.
A situação na fronteira de Belarus com a Letônia, a Lituânia e a Polônia piorou em novembro de 2021, depois de milhares de migrantes se reunirem, em sua maioria provenientes do Iraque e de outros países do Médio Oriente, na esperança de entrar na União Europeia (UE).
Os três países acusaram Belarus de orquestrar uma crise migratória para desestabilizar a UE em resposta às sanções. Belarus negou categoricamente o seu envolvimento na organização do fluxo de migrantes sem documentação. Os guardas de fronteira belarussos denunciaram em mais de uma ocasião que os seus homólogos europeus expulsam à força requerentes de asilo para Belarus.