O papa Francisco pediu neste domingo corredores humanitários para ajudar aqueles sob cerco na Faixa de Gaza, e apelou pela libertação dos reféns mantidos pelo grupo militante islâmico Hamas.
Por Philip Pullella e Angelo Amante | Reuters
CIDADE DO VATICANO - “Eu peço veementemente que as crianças, os doentes, os idosos e as mulheres, e todos os civis não se tornem vítimas desse conflito”, afirmou o papa em seu sermão semanal a milhares de pessoas na Praça São Pedro.
“Que os direitos humanitários sejam respeitados, acima de tudo em Gaza, onde é urgente e necessário garantir corredores humanitários para ajudar toda a população”, afirmou.
O papa Francisco discursou em um momento no qual as tropas israelenses estão se preparando para um ataque terrestre em retaliação a ataques sem precedentes sofridos pela nação. Combatentes do Hamas invadiram cidades de Israel atirando em homens, mulheres e crianças, além de tomar reféns.
“Muitos já morreram. Por favor, paremos de derramar sangue inocente na Terra Santa, na Ucrânia e em qualquer lugar. Basta! Guerras são sempre uma derrota. Sempre”, concluiu.
Cerca de 1.300 pessoas foram mortas no ataque inesperado, enquanto as autoridades de Gaza disseram que mais de 2.300 pessoas morreram, um quarto delas crianças, e quase 10.000 ficaram feridas, conforme Israel responde com intenso bombardeio à agressão.
Francisco pediu orações para combater "a força diabólica do ódio, do terrorismo e da guerra" e pediu aos fiéis de todo o mundo que se juntassem aos católicos na Terra Santa em um dia de jejum e oração pela paz na terça-feira.
Na sexta-feira, o Vaticano se ofereceu para mediar o conflito. O cardeal Pietro Parolin, Secretário de Estado do Vaticano, disse que o ataque do Hamas contra cidadãos israelenses foi "desumano".
Referindo-se à resposta israelense e ao ataque terrestre amplamente esperado, Parolin disse que "é direito daqueles que são atacados se defenderem, mas mesmo a defesa legítima deve respeitar o parâmetro da proporcionalidade".