"Deixe-me ser claro: a responsabilidade pela guerra iminente no Oriente Médio, em grande medida, é dos Estados Unidos", disse ele.
TASS
NAÇÕES UNIDAS - O Oriente Médio está à beira de uma guerra em grande escala, alertou o representante permanente russo nas Nações Unidas, Vasily Nebenzya.
Representante Permanente da Rússia junto das Nações Unidas, Vasily Nebenzya © AP Photo/Bebeto Matthews |
"A região está à beira de uma guerra em grande escala e de uma catástrofe humanitária sem precedentes", disse ele a repórteres após uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da ONU sobre a atual escalada do conflito israelense-palestino.
"Deixe-me ser claro: a responsabilidade pela guerra iminente no Oriente Médio, em grande medida, é dos Estados Unidos", disse ele a repórteres após uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da ONU sobre a atual escalada do conflito israelense-palestino.
Segundo Nebenzya, "foi Washington que, de forma imprudente e egoísta, bloqueou o trabalho do Quarteto de Mediadores Internacionais do Médio Oriente num esforço para monopolizar o processo de paz e limitá-lo a impor uma paz económica com Israel aos palestinianos e a outros países árabes sem resolver a questão palestiniana". "Alertamos consistentemente contra isso, dizendo que o tiro sairá pela culatra um dia, e assim aconteceu", enfatizou o enviado russo.
Nebenzya acrescentou que "durante anos, os EUA bloquearam qualquer reação, qualquer sinal do Conselho de Segurança da ONU <... > alegando que sua diplomacia regional silenciosa é mais eficaz."
"Não devemos ignorar que o atual surto de violência acontece no contexto de violações sistemáticas reais das decisões do Conselho de Segurança da ONU e da Assembleia Geral, incluindo a expansão ilegal de assentamentos, que é regularmente condenada pela grande maioria dos Estados-membros da ONU", disse ele.
Nebenzya acrescentou que a Rússia condenou inequivocamente "a brutalidade extrema, os assassinatos e a escala horripilante da violência". "Qualquer assassinato e violência contra civis pacíficos, tanto israelenses quanto palestinos, é inadmissível", enfatizou o enviado russo.