As armas fornecidas ao lado ucraniano pelos Estados Unidos e seus aliados ocidentais são destruídas de uma forma ou de outra pelas Forças Armadas da Federação Russa. O anúncio foi feito nesta quarta-feira (18) pelo Ministério das Relações Exteriores da Rússia.
Izvestia
Assim, diplomatas comentaram a decisão de Washington de fornecer mísseis ATACMS a Kiev.
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"A vida mostra que os tanques e veículos blindados fornecidos estão queimando, obuses estão sendo destruídos, mísseis estão sendo abatidos. Continuará a ser assim. É hora de os Estados Unidos e seus aliados pensarem no que farão quando toda a gama possível de armas fornecidas estiver esgotada, e os objetivos de enfraquecer a Rússia e derrotá-la não puderem ser alcançados", disse o ministério.
O ministério também se perguntou se Washington entende que se envolver cada vez mais profundamente no conflito pode eventualmente levar os Estados Unidos a um confronto direto com a Rússia. O Ministério das Relações Exteriores da Rússia enfatizou que tais ações implicam um preço adequado.
Mais cedo, o presidente russo, Vladimir Putin, observou que o fornecimento de mísseis ATACMS americanos de longo alcance à Ucrânia é prejudicial. Segundo ele, eles representam uma ameaça adicional, mas a Rússia será capaz de repelir tais ataques.
Na véspera, em 17 de outubro, a Casa Branca confirmou a transferência de mísseis ATACMS com alcance de 165 km para Kiev.
Naquele dia, o The Wall Street Journal informou que um pequeno número de ATACMS havia sido enviado secretamente para a Ucrânia nos últimos dias. A agência AP esclareceu que Kiev recebeu mísseis com uma ogiva de fragmentação.
Como notou a CNN, os Estados Unidos esperavam pegar a Rússia de surpresa fornecendo secretamente mísseis ATACMS de longo alcance para a Ucrânia.
Também em 17 de outubro, o The Wall Street Journal escreveu que as forças ucranianas lançaram o primeiro ataque com um míssil americano. O deputado de Verkhovna Rada, Oleksiy Goncharenko, disse que o país usou ATACMS no ataque a Berdyansk, na região de Zaporizhzhia.
Além disso, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, também confirmou o uso de mísseis de longo alcance. Ele disse que seus acordos com o líder dos EUA, Joe Biden, estão sendo implementados.
Os países ocidentais reforçaram o apoio militar e financeiro a Kiev no contexto da operação especial da Federação Russa para proteger o Donbass, cujo início foi anunciado em 24 de fevereiro de 2022 pelo líder russo, Vladimir Putin, após o agravamento da situação na região devido aos bombardeios dos militares ucranianos.