Primeiro-ministro israelense conversou com prefeitos de cidades fronteiriças ao sul atingidas pelo ataque surpresa que começou no sábado
Dan Williams | Reuters
Jerusalém - A resposta de Israel ao ataque sem precedentes do Hamas a partir da Faixa de Gaza “mudará o Oriente Médio”, disse o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, nesta segunda-feira (9).
Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu | Atef Safadi/Pool via Reuters |
Ele estava conversando com prefeitos de cidades fronteiriças ao sul atingidas pelo ataque surpresa que começou no sábado, informou um comunicado de seu gabinete.
Israel ordena “cerco completo” à Faixa de Gaza
Não será fornecida eletricidade, alimentos, combustível ou água ao território, que está rodeado em três lados por Israel e pelo Egito.
“Estamos lutando contra os bárbaros e responderemos de acordo”, disse ele diante das câmeras.
O ministro da Infraestrutura, Energia e Água do país, Israel Katz, também ordenou, nesta segunda-feira, o corte imediato do abastecimento de água à Faixa de Gaza. Segundo ele, a luz e o combustível foram cortados no domingo (8).
“O que foi no passado não será mais no futuro”, disse Katz em uma postagem nas redes sociais anunciando o corte.
Israel retomou controle de áreas perto de Gaza
O número de mortos aumenta na medida em que os combates se intensificam — os números de domingo saltaram para mais de 430 em Gaza, com cerca de 2.200 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza; e mais de 700 mortos em Israel, segundo a FDI.
Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi atingido por ataques aéreos de Israel nesta segunda-feira.
“Eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um [avião] F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo”, disse à Reuters um homem não identificado no campo de refugiados de Shati.
Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas em Gaza enquanto a FDI continua a atacar as posições do Hamas na faixa, segundo a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês) no domingo.
Quase 74 mil pessoas estão agora em 64 abrigos da UNRWA, afirma a declaração da agência.