Não há lugar para a ética no discurso dos estadistas norte-americanos e de certos europeus

As declarações foram feitas por Nasser Kanaani na segunda-feira durante uma coletiva de imprensa semanal em Teerã.

Tehran Times

"Também ofereço minhas condolências à comunidade internacional e às nações amantes da liberdade do mundo pela morte da ética e dos valores humanitários no léxico do governo dos EUA e de certos países europeus", disse Kanaani.

As atrocidades israelenses contra palestinos na Faixa de Gaza foram severamente condenadas pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, que afirma que as normas morais e humanitárias estão completamente ausentes do discurso político dos políticos dos EUA e seus aliados europeus.

O chefe da diplomacia iraniana descreveu a situação humanitária em Gaza como mais do que catastrófica, enfatizando que a agressão israelense contra a nação palestina está em curso há 75 anos, e os crimes hediondos cometidos pelas forças militares israelenses contra os habitantes de Gaza expuseram a natureza racista e do apartheid do regime de Tel Aviv.

Irã pede que comitê jurídico investigue crimes de guerra israelenses

Kanaani exigiu ainda a criação de uma comissão jurídica internacional para investigar os crimes de guerra de Israel na Faixa de Gaza, afirmando que todos os quatro casos de crimes internacionais - nomeadamente crimes de agressão, crimes de guerra, crimes contra a humanidade e genocídio - foram cometidos pelo regime de Telavive contra palestinianos.

"Às vezes, todos os quatro crimes foram cometidos simultaneamente", disse ele, acrescentando que a perseguição legal e o processo legal e internacional de crimes de guerra é uma responsabilidade internacional que deve ser especialmente assumida pela ONU.

"Israel ultrapassou todas as fronteiras"

Ele também enfatizou que o Ministério das Relações Exteriores iraniano tem acompanhado legalmente as atrocidades israelenses, e que o ministro das Relações Exteriores, Hossein Amir Abdollahian, observou durante seu recente discurso na sede das Nações Unidas, em Nova York, que Israel travou mais de 20 guerras na região da Cisjordânia e ainda está ocupando faixas de terra de países vizinhos.