Ministro da Infraestrutura, Energia e Água de Israel cortou o abastecimento de água, luz e combustível ao território de Gaza
CNN
O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, diz ter dado, nesta segunda-feira (9), uma ordem para o “cerco completo” de Gaza.
Destroços do edifício "Akluk" destruído por caças israelenses na cidade de Gaza | Crédito: Anadolu Agency/Getty Images |
Não serão fornecidos alimentos, eletricidade, combustível ou água ao território, que está rodeado em três lados por Israel e pelo Egito.
“Estamos lutando contra os bárbaros e responderemos de acordo”, disse ele diante das câmeras.
O ministro da Infraestrutura, Energia e Água de Israel, Israel Katz, também ordenou, nesta segunda-feira, o corte imediato do abastecimento de água do país à Faixa de Gaza. Segundo ele, a luz e o combustível foram cortados no domingo (8).
“O que foi no passado não será mais no futuro”, disse Israel Katz em uma postagem nas redes sociais anunciando o corte.
Israel retomou controle de áreas perto de Gaza
O porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), o almirante Daniel Hagari, declarou que as tropas israelenses retomaram o controle de todas as comunidades ao redor da Faixa de Gaza. Segundo ele, não há mais combates entre as FDI e o Hamas.
O número de mortos aumenta na medida em que os combates se intensificam — os números de domingo saltaram para mais de 430 em Gaza, com cerca de 2.200 feridos, segundo o Ministério da Saúde palestino em Gaza; e mais de 700 mortos em Israel, segundo a FDI.
Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi atingido por ataques aéreos de Israel nesta segunda-feira.
“Eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um [avião] F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo”, disse à Reuters um homem não identificado no campo de refugiados de Shati.
Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas em Gaza enquanto a FDI continua a atacar as posições do Hamas na faixa, segundo a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês) no domingo.
Quase 74 mil pessoas estão agora em 64 abrigos da UNRWA, afirma a declaração da agência.