Ataque acontece enquanto militares israelenses ordenam que mais de 1 milhão de pessoas se desloquem para o sul de Gaza
Lucas Lilieholm | CNN
As Forças de Defesa de Israel (FDI) atingiram 750 alvos militares no norte de Gaza durante a noite, de acordo com um comunicado das FDI na manhã de sexta-feira (13).
Chamas e fumaça durante ataque israelense a Gaza 09/10/2023 REUTERS/Mohammed Salem |
Dezenas de caças atingiram “túneis terroristas subterrâneos do Hamas, complexos e postos militares, residências de agentes terroristas seniores usadas como centros de comando militar, armazéns de armazenamento de armas, salas de comunicação” e “terroristas seniores”, disse o comunicado.
O ataque acontece enquanto os militares israelenses ordenam que mais de 1 milhão de pessoas se desloquem para o sul de Gaza.
O fato aumenta o receio dos palestinos de que uma ofensiva terrestre israelense contra a área esteja próxima, enquanto tanques de Israel são posicionados perto da fronteira e ataques aéreos contra o enclave são intensificados.
“As Forças de Defesa de Israel pedem a evacuação de todos os civis da cidade de Gaza de suas casas ao sul para sua própria segurança e proteção e mudança para a área ao sul de Wadi Gaza”, disseram as FDI em um comunicado.
Na declaração, os militares destacaram que os civis poderão regressar ao norte da cidade de Gaza “apenas quando for feito outro anúncio permitindo”.
“Os terroristas do Hamas estão escondidos na Cidade de Gaza dentro de túneis debaixo de casas e dentro de edifícios habitados por civis inocentes de Gaza”, ponderaram as FDI, alegando que os integrantes do Hamas “estão usando” civis como “escudos humanos”.
“Não se aproxime da área da cerca de segurança com o Estado de Israel”, adicionaram os militares israelenses, acrescentando que continuarão “operando significativamente na Cidade de Gaza e fazendo grandes esforços para evitar ferir civis”.
A ofensiva surpresa do Hamas matou ao menos 1.300 pessoas até o momento e é o pior ataque contra civis na história de Israel.
Israel respondeu colocando Gaza, onde vivem 2,3 milhões de pessoas, sob cerco, dizendo que “não haverá eletricidade, água ou combustível” até que o Hamas devolva os reféns.
O país também está realizando bombardeios, que destruíram bairros inteiros. As autoridades de Gaza afirmam que mais de 1.500 palestinos foram mortos.