A fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza abriu pela segunda vez a 22 de Outubro, deixando passar 17 camiões de ajuda humanitária. Entretanto, as tensões aumentam no norte de Israel, na fronteira com o Líbano.
RFI
A fronteira entre o Egito e a Faixa de Gaza abriu este domingo 22 de Outubro, pela segunda vez, para deixar passar 17 camiões de ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Na véspera vinte camiões já tinham passado pela zona fronteiriça de Rafah, aberta durante apenas algumas horas.
A ONU insistiu que seriam necessários pelo menos 100 camiões por dia para responder às necessidades vitais dos mais de 2 milhões de palestinianos, metade deles crianças, que vivem bloqueados neste enclave.
Setenta por cento da população de Gaza está deslocada e metade das suas casas estão total ou parcialmente destruídas pelos bombardeamentos israelitas, após 16 dias de guerra entre Israel e o grupo extremista islâmico Hamas, segundo o gabinete de imprensa do Governo de Gaza.
Fronteira com o Líbano
Israel ordenou a 22 Outubro a evacuação de mais 14 comunidades no norte do país, perto da fronteira com o Líbano, à medida que se intensificam as trocas de tiros entre o exercito e o Hezbollah libanês, que tal como o palestiniano Hamas, é apoiado pelo Irão.
Na sexta-feira, o vice-líder do Hezbollah afirmou que Israel vai pagar um preço alto sempre que iniciar uma ofensiva terrestre na Faixa de Gaza e avançou que já tem militares na fronteira.
Escalada de tensões a nível regional
Washington avisou, este domingo 22 de Outubro, que não hesitará em agir militarmente contra quem expandir conflito. Este aviso surge poucas horas depois de o Pentágono ter anunciado o reforço da sua presença militar na região face às "recentes escaladas do Irã e das suas forças afiliadas".
Por sua vez, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Irão avisou hoje os Estados Unidos e Israel que a situação "pode tornar-se incontrolável" no Médio Oriente se não puserem "imediatamente fim aos crimes contra a humanidade e ao genocídio em Gaza".