Organização destacou que, sem a entrada imediata de ajuda, serviços essenciais de saúde serão paralisados
Sharon Braithwaite | CNN
Os hospitais na Faixa de Gaza estão “no limite” e “o tempo está se esgotando” para evitar uma catástrofe humanitária, alertou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta sexta-feira (13).
Ataque israelense na Faixa de Gaza | Crédito: 10/10/2023 REUTERS/Ibraheem Abu Mustafa |
“Sem a entrada imediata de ajuda, os serviços essenciais de saúde serão paralisados”, escreveu o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, no X, antigo Twitter.
“Visitei Gaza em 2018. O acesso aos cuidados de saúde já era difícil”, ponderou Tedros.
Ele enfatizou que uma evacuação em massa para o sul do enclave – que Israel ordenou durante a noite de quinta-feira (12) – “seria desastrosa para pacientes, profissionais de saúde e outros civis deixados para trás ou pegos em um movimento de massa perigoso e talvez mortal”.
“Apelamos pela reversão da decisão”, disse ele.
O porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic, sublinhou que os hospitais “têm apenas algumas horas de eletricidade por dia, pois são forçados a racionar as reservas de combustível que se esgotam e dependem de geradores para sustentar as funções mais críticas”.
“Mesmo essas funções terão de cessar dentro de alguns dias, quando os estoques de combustível acabarem. O impacto seria devastador para os pacientes mais vulneráveis, incluindo os feridos que precisam de cirurgias críticas, pacientes em unidades de terapia intensiva e recém-nascidos dependentes de cuidados em incubadoras”, ponderou Jasarevic em comunicado.
A OMS pediu o fim das hostilidades e a “abertura imediata” de um corredor humanitário para garantir o acesso desimpedido de suprimentos de saúde e humanitários, bem como de pessoal, e retirada de pacientes e feridos.